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Não tenha dó, tenha respeito
Por Dérek Bittencourt
23/08/2019 | 07:00
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Toda vez a situação se repete: Jogos Paraolímpicos ou Parapan-Americanos se aproximam e há uma enxurrada de textos, matérias ou seja lá o que for comparando os para-atletas a super-heróis, falando sobre suas superações diárias etc. Vou fazer mea-culpa, porque até algum tempo atrás eu era um destes. Entretanto, em conversas recentes com colegas e competidores do paradesporto, descobri que eles não gostam de ser identificados desta forma. Muito menos despertar dó nas pessoas – o que não é justo ou natural. Isso porque eles também querem e devem ser considerados atletas, como os dos esportes “convencionais”.

E, convenhamos: para mim, um trabalhador que dorme cinco horas por noite, acorda cedo, encara transporte público lotado, ganha um salário mínimo e tem de sustentar uma família de quatro, cinco, seis pessoas, este sim é um super-herói. Não quero de forma nenhuma desmerecer atletas ou para-atletas. Pelo contrário. Acho que ambos sequer deveriam ser distinguidos com esse prefixo.

Não é muito fácil falar sobre isso, mas o debate se faz necessário. Infelizmente ainda há muita gente que acaba trocando de canal durante a transmissão de uma modalidade paraolímpica por ter aflição de uma possível deficiência. Para mim, isso está no limite do preconceito, quando, na verdade, os para-atletas brasileiros deveriam ganhar mais e mais espaço na mídia. Afinal, o Brasil é atual tricampeão dos Jogos Parapan-Americanos e vai em busca do quarto título consecutivo em Lima, no Peru. Mesmo em um País que carece de acessibilidade, incentivo e estrutura não só para estes esportistas, como todas as pessoas que sofrem com algum tipo de limitação física ou intelectual.

Patrocinadora da delegação brasileira de para-atletismo, a Braskem, em campanha de publicidade muito feliz – que será veiculada agora, durante o Parapan na capital peruana – levanta a bandeira para o “mais do que para”, exaltando justamente o lado atleta destes nossos representantes esportivos, com alegria em competir e vontade de vencer.

NÃO ENTENDI
Há algumas semanas elogiei a diretoria do EC São Bernardo por ter reforçado o grupo com o experiente meia Léo Costa. Ontem, porém, fui surpreendido com uma informação que me deixou um tanto quanto abismado: o Cachorrão prorrogou o contrato até o fim da Série A-3 de 2020, o que é ótimo, mas emprestou o jogador até novembro para o Figueirense! O Figueirense! Okay, concordo que a Série B do Brasileiro é um campeonato grande, que dá visibilidade para o jogador, que oferece salários muito mais atrativos, mas os catarinenses estão no meio de uma crise de repercussão internacional, não pagam salários aos atletas que estão lá há meses (dizem que para alguns chegam a sete meses) e correm risco de dar mais um WO amanhã, contra o CRB, que resultaria em rebaixamento automático do time à Série C.

UM OLHO NO CAMPO, OUTRO NO PLACAR<EM>
A última rodada da Copa Paulista, amanhã, promete ser bastante agitada. Os quatro clubes do Grande ABC estão classificados – o que é um grande feito, independentemente de Grêmio Osasco e Ponte Preta não terem levado a competição tão a sério –, mas São Caetano, Água Santa, EC São Bernardo e Santo André (que jogarão entre si) ficarão atentos aos resultados das outras chaves para tentar fugir de adversários mais fortes na próxima fase.

Se o torneio terminasse hoje, a segunda etapa da Copa Paulista seria composta da seguinte maneira: Grupo 5, Comercial, Taubaté, EC São Bernardo e Velo Clube; Grupo 6, XV de Piracicaba, Água Santa, Desportivo Brasil e Mirassol; Grupo 7, Juventus, Ferroviária, Inter de Limeira e Santo André; Grupo 8, São Caetano, Rio Claro, Linense e Portuguesa. Acho que Cachorrão e Ramalhão estariam em maiores apuros do que Azulão e Netuno. Mas, uma hora ou outra, os times acabarão se encontrando.

São Caetano, Água Santa e EC São Bernardo têm chance de terminarem na primeira colocação. O único que sabe sua posição é o Santo André, que não deixa mais o quarto lugar, mas já foi um grande feito ter conquistado a classificação para a próxima fase. Por outro lado, o Bruno Daniel – que entrará em reformas para o Paulistão-2020 – vai fazer falta.

ACELERA!
Você, caro leitor, pode ver na Página 4 do caderno Automóveis de hoje o texto que fiz sobre a experiência no kartódromo internacional da Granja Viana em corrida contra os pilotos Julio Campos e Valdeno Brito, da Stock Car. Domingo, ambos estarão na briga pelo prêmio de R$ 1 milhão na Corrida do Milhão. Pela maneira como recepcionaram e forma como se comportaram no vídeo que gravei – e será exibido na segunda-feira, no Diário Esportivo – minha torcida vai para que um deles consiga subir ao lugar mais alto do pódio. Onde, devo lembrar, quase cheguei; fiquei em segundo. Mas está valendo!  




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