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Tarifas de bancos variam até 160%
Cristiane Bomfim
Do Diário do Grande ABC
11/03/2008 | 07:17
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As tarifas avulsas cobradas por serviços bancários podem variar até 160% entre uma instituição financeira e outra. É o caso da renovação do cadastro da conta corrente que custa R$ 39 no banco Safra. Já nos bancos Bradesco, CEF (Caixa Econômica Federal) e Nossa Caixa, o cliente desembolsa R$ 15 pelo mesmo serviço.

Para economizar, a melhor opção é a escolha de pacotes de acordo com o perfil do cliente. Isso é o que aponta uma pesquisa realizada pelo Procon-SP com os dez principais bancos do País.

A manutenção avulsa do cartão magnético na função débito fica com a segunda maior variação entre os bancos. No Safra, ela custa R$ 1,67 ao mês. Já a Nossa Caixa, Real e Unibanco cobram as maiores tarifas: R$ 4. A variação é de 139,52%.

Na média, a manutenção da cesta com os serviços mais utilizados pelos clientes bancários custou em fevereiro R$ 23,61 ao mês (R$ 283,32 por ano). Estão inclusos renovação do cadastro da conta corrente especial para pessoa física, a manutenção da conta ativa, renovação do cheque especial, envio de cheque por correio, extrato e saque semanal. O aumento em relação ao ano passado foi de 10,64%.

Quando os mesmos serviços são comprados separadamente pelos clientes, a média anual da cobrança é de R$ 386,98.

“O reajuste de 10,64% está dentro da média anual”, afirma a técnica do Procon-SP, Cristina Martinussi. Para ela, a diferença de preços é normal, já que os bancos geralmente cobram mais barato pelas cestas para que os clientes as prefiram. O Banco do Brasil é a única exceção entre todos os dez pesquisados. Nele, o pacote anual da cesta custa R$ 396, já os mesmos serviços contratados de forma avulsa são mais baratos: R$ 374.

Resolução - Segundo Cristina, a análise das tarifas levou em considerção os principais serviços utilizados pelos clientes bancários (veja tabela abaixo). “Cerca de 90% das pessoas que possuem conta em banco pagam por cestas que incluem estas atividades”, explicou.

A partir do dia 30 de abril entrará em vigor a nova regulamentação do Banco Central que estabelece algumas regras para a forma de cobrança das tarifas e a padronização da nomenclatura dos serviços. A resolução 3.518 determinou, de acordo com uma classificação, que os serviços mais utilizados deverão ser oferecidos gratuitamente. “O problema é que ele não inclui todos os itens”, afirma.



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