A Argentina vai encontrar no domingo uma seleção que é triplamente algoz. Além de faturar o título da Copa de 1990 em cima dos hermanos e vencer nos pênaltis nas quartas de final de 2006, a Alemanha aplicou goleada de 4 a 0 sobre os sul-americanos no Mundial de 2010, novamente nas quartas. Por ter defendido o Bayern de Munique em oito temporadas, Demichelis afirmou que conhece, como poucos, o próximo adversário.

“Temos uma espinha engasgada também pela Copa passada, pelo placar de 4 a 0. São situações diferentes, equipes diferentes e vamos fazer de tudo pelo Mundial (...) Já falei desde o início da Copa que achava a Alemanha favorita. Conheço os alemães de A a Z e sei o que podem fazer como equipe. Demonstraram isso na Copa e na semifinal contra os anfitriões. Vamos tomar todos os tipos de cuidados. Eles têm um dia a mais de descanso, jogaram 30 minutos a menos, mas vamos dar o melhor para ganhar. Não foi uma partida para tirar as melhores conclusões (contra o Brasil), mas teremos um respeito merecido”, disse o defensor.

Demichelis ainda exaltou a classificação argentina à uma decisão de Copa após 24 anos, sobretudo pela postura que o time apresentou diante da Holanda, na semifinal de anteontem na Arena Corinthians, em São Paulo.

“Alcançamos um sonho: chegar nessa final tão desejada. Jogamos de uma maneira muito inteligente e conseguimos controlar um grande rival. Não sofremos e estamos onde queríamos estar. Tínhamos confiança, segurança e fomos para os pênaltis de cabeça em pé”, destacou.

Ontem, os titulares dos hermanos realizaram treino regenerativo na Cidade do Galo, em Vespasiano, Minas Gerais, enquanto os reservas fizeram trabalho sob comando do técnico Alejandro Sabella.

Rio espera receber até 100 mil argentinos

Último ponto de parada da seleção da Argentina nesta Copa do Mundo, o Rio de Janeiro, deve recepcionar até 100 mil visitantes vindos do país vizinho em carros, vans, motorhomes, ônibus ou de avião.

Até ontem, o Terreirão do Samba já comportava sua capacidade máxima de 140 veículos. A lotação levou o governo carioca a disponibilizar setor do Sambódromo, que já recebia mais de 130 automóveis dos mais variados tipos.

A projeção do secretário estadual de Turismo, Cláudio Magnavita, está acima da expectativa da prefeitura do Rio, que prevê que 70 mil hermanos visitarão a Cidade Maravilhosa para a decisão da Copa contra a Alemanha.

“Gostaria de agradecer aos que nos acompanharam por todo o Brasil. Por sorte, não tivemos de ir tão ao Norte, porque teríamos menos torcedores”, destacou o técnico Alejandro Sabella após o jogo contra a Holanda.

A maioria dos argentinos que está chegando ao Rio, porém, não tem ingressos e desde ontem já procura alguma forma de adquirir bilhetes para a partida de domingo, no Maracanã. Com a ausência da Seleção na final, a expectativa é a de que muitos brasileiros tentem vender as entradas. Os preços devem subir.

Em um site argentino de leilões, um bilhete para o duelo entre os hermanos contra os alemães chega a R$ 31 mil. Nas redes sociais, a procura também é grande.

‘Hermanos’ lideram ranking provisório da Fifa de seleções

Os finalistas da Copa do Mundo vão aparecer no topo do ranking da Fifa na próxima divulgação da listagem, no dia 17. Em projeção, a Argentina, que ocupava a quinta colocação, pula para o topo, com 1.727 pontos, seguida justamente pela Alemanha, que manteve a vice-liderança, agora com 1.652.

A Seleção Brasileira, que antes do Mundial aparecia na terceira colocação, caiu para o sétimo lugar, com 1.257, atrás de Colômbia (terceira, com 1.492), Holanda (quarta, com 1.414), Bélgica (quinta, com 1.401) e Uruguai (sexto, com 1.257)

A antiga líder, Espanha, que acabou eliminada ainda na primeira fase da Copa do Mundo, aparece apenas na oitava posição, com 1.229. Completam as dez primeiras colocações a Suíça, com 1.216, e a França, com 1.202.