O impiedoso placar de 7 a 1 aplicado pela Alemanha sobre o Brasil no Mineirão não foi um acaso, nem ao menos parece ter sido surpreendente para o técnico argentino Alejandro Sabella. O comandante de Messi, Agüero e companhia mostrou ser fã do futebol alemão e de seu histórico, prevendo que o confronto diante dos europeus, na final da Copa do Mundo, domingo, no Maracanã, não será fácil para os hermanos.

Mostrando ser conhecedor do adversário, não só na atualidade como no passado, Sabella rasgou elogios aos alemães, os quais afirmou terem “nuances sul-americanas” em algumas de suas conquistas. “Admiro muito dois países no ponto de vista do futebol: Brasil e Alemanha”, começou o treinador. “A Alemanha sempre mostrou grande postura física, tática e mental. Quando fez história, tinha jogadores com nuances sul-americanas como (Lothar) Matthäus e (Franz) Beckenbauer. Além disso, quando decidiram que filhos de estrangeiros podiam ser naturalizados, apareceram outros atletas. É um país de primeiro mundo, sabe como trabalhar a médio e a longo prazo, como jogar em equipe, além de todos os atributos”, emendou o comandante argentino.

Dessa maneira, Sabella crê em duelo complicado, com um ingrediente ainda mais árduo aos argentinos, que jogaram um dia depois dos alemães e ainda tiveram pela frente prorrogação e pênaltis, enquanto os adversários acabaram conquistando o confroto ainda na primeira etapa diante do Brasil, quando abriram 5 a 0 no placar.

“Será um duelo dificílimo. Jogamos um dia depois deles, então o que temos de fazer é descansar, aproveitar o que os jogadores merecem e depois ver o que acontece no domingo”, admitiu o técnico. “A partida (Alemanha x Brasil) estava definida na primeira etapa, então no segundo tempo puderam relaxar, enquanto nós tivemos de suar até o último minuto, sem medir esforços”, emendou.

AGRADECIMENTO

A Argentina volta à uma final de Copa do Mundo depois de 24 anos e, independentemente do resultado do jogo de domingo, o técnico Alejandro Sabella não esconde a satisfação por alcançar, ao menos, uma parte do objetivo, devolvendo e retribuindo a alegria à população do país vizinho. “Agradeço à Associação Argentina, que me deu a oportunidade de dirigir a seleção, e ao povo, que sem dúvida está alegre. Chegamos à final”, exaltou. O comandante está no cargo desde 2011, neste que é apenas seu segundo desafio como treinador – antes, apenas trabalhou no Estudiantes.

Mascherano ganha elogios do grupo

O volante Mascherano vem fazendo grande Copa do Mundo pela Argentina. O ápice foi sua apresentação diante da Holanda, anulando completamente as ações do holandês Robben, com direito a intervenções fundamentais que impediram ao menos duas grandes chances de gol do camisa 11 adversário. Desta maneira, vem arrancando elogios do técnico Alejandro Sabella e dos companheiros de grupo.

Um dos remanescentes das eliminações dos hermanos em 2006 e em 2010 ao lado de Messi e Maxi Rodríguez, ambas nas quartas de final, o volante do Barcelona foi exaltado por seu comandante na seleção. “É um baluarte, um ícone. Passamos às semis e ele tirou um grande peso de cima dele. É o único jogador da Argentina com duas medalhas olímpicas, um jogador excepcional. É um símbolo tanto dentro quanto fora de campo”, disse Sabella.

“É um líder indiscutível. É um homem que tomou pancadas cinco ou seis vezes nesta partida e nunca parou. É um leão dentro de campo, nosso coração. Leo (Messi) é nosso coração para driblar, deixar todos com a boca aberta, mas Mascherano é nosso coração por sua garra. Graças a Deus, está do nosso lado”, compactuou o goleiro Romero.