Automóveis Titulo Picape
VW Amarok chegará em março
Wagner Oliveira
Enviado a General Pacheco
23/12/2009 | 07:01
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Vista por dentro, a Amarok - primeira picape média da Volkswagen - é espaçosa, tanto para os dois ocupantes da frente quanto para os três de trás. Integrados, painel e console são agradavelmente bem desenhados. Os bancos, que projetam uma boa visão panorâmica, completam a sensação de harmonia no habitáculo da picape que, segundo a VW, tem comportamento de automóvel tanto na cidade quanto no campo.

A montadora fez pré-apresentação da Amarok anteontem em sua fábrica de Pacheco, na Argentina. É no país vizinho que a picape já está em linha de produção e de onde será exportada para vários mercados mundiais. No Brasil, o veículo começará a ser vendido em março, uma semana depois de estrear na Argentina.

Na cerimônia de segunda-feira, que contou com a presença da presidente Cristina Kirchner, executivos brasileiros revelaram alguns detalhes do modelo que chegará ao País. No primeiro momento, a Amarok virá na sua versão mais completa, com motor diesel biturbo 2.0 de 163 cv a 4.500 rpm. Segundo a VW, o torque é um dos maiores da categoria: 40,8 mkgf a 1.750 rpm.

O motor da Amarok será importado da Alemanha, já que não há escala para produzir no Mercosul um motor de última geração. A caixa de câmbio, manual de cinco velocidades, será produzida também na Argentina, em Córdoba.

A primeira versão em produção é a cabine dupla com tração 4x4. A empresa pretende lançar ainda no ano que vem a cabine simples, daí com uma gama de configurações.

Também haverá a opção de motorização com monoturbo e tração 4x2. Nesta versão, a montadora informou apenas que o propulsor oferecerá 122 cavalos.

O preço ainda não será divulgado - até porque o marketing brasileiro ainda faz ajustes de última hora, como troca de rodas, na primeira versão que virá. "O que posso dizer é que vamos ser bastante competitivos em preço", adiantou o presidente da Volkswagen do Brasil, Thomas Schmall, também presente ao pré-lançamento na Argentina.

De acordo com Schmall, a empresa espera vender dez mil unidades em 2010. No ano seguinte, a picape deve chegar ao pico de produção em Pacheco, com 90 mil unidades anuais. Deste total, o Brasil deverá ficar com volume de 22 mil.

No vídeo em que a picape foi apresentada na fábrica argentina, a Amarok aparecia com uma série de atributos, entre eles freios ABS, diferencial autoblocante, ASR (controle de estabilidade) e suspensão autoadaptativa.

Embora o alvo seja a Hilux (Toyota), as formas quadradas e generosas da Amarok lembram muito o estilo da nova Frontier (Nissan). A caçamba aparenta boas dimensões e a capacidade de carga é de 1.000 kg.

Argentina é polo para picapes

O presidente da Volkswagen na Argentina, o austríaco Viktor Klima, afirmou que a produção da Amarok exigiu investimento de 340 milhões de euros (cerca de R$ 1,1 bilhão). Trata-se da primeira picape genuinamente Volkswagen - a empresa já vendeu caminhonete em alguns mercados em associação com outros fabricantes.

A decisão de fazer a Amarok na Argentina em detrimento do Brasil não é por acaso. É na Grande Buenos Aires que está concentrada a produção de picapes vendidas no Mercosul. Ford Ranger e Toyota Hilux, por exemplo, também são produzidas por lá.

Fornecedores de autopeças passaram a ter especialização e capacidade para atender os fabricantes de picapes.

A produção da Amarok na Argentina tanto pode ser boa para a empresa no país vizinho, que passa a ter maior volume, quanto para a VW no Brasil, que tenta com a Amarok ter um comercial leve para tirar a liderança da Fiat no mercado nacional.

Na Argentina, a Volks é líder de vendas, com 26% de market share. O mercado lá deve cair de 600 mil unidades, em 2008, para cerca de 500 mil, em 2009. "Mas para 2010, as perspectivas são boas, com a possibilidade de crescimento", afirmou Klima. Além da Amarok, a Volks produz no país vizinho para o mercado brasileiro a perua SpaceFox, que deve passar por reestilização em 2010.

Klima afirmou que a atuação da Volkswagen em vários segmentos de mercado credencia a empresa para fabricar uma picape respeitada internacionalmente entre diversos perfis de consumidores. "Quem teve a oportunidade de dirigir a Amarok diz que ela será a referência do setor daqui para frente."

O vice-presidente de vendas da Volkswagen no Brasil, Flavio Padovan, disse que a rede de concessionárias está sendo treinada no Brasil para vender a Amarok. "Claro que precisamos aprender alguns segredos na venda deste produto, já que nosso forte é automóvel", disse Padovan, que já atuou com venda de caminhões. "Temos condições de realizar um bom trabalho com a Amarok."




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