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Ovários micropolicísticos

Ovários policísticos são alterações muito comuns. Esses ovários contêm pequenos cistos, visíveis ao exame de ultrassom que

Leo Kahn
19/11/2009 | 00:00
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Ovários policísticos são alterações muito comuns. Esses ovários contêm pequenos cistos, visíveis ao exame de ultrassom que podem secretar hormônios ou simplesmente estar inativos.
O ovário é o órgão responsável pela ovulação e também pela produção de hormônios femininos. Em geral, surgem mais de dez cistos (com seis a dez milímetros cada) que ficam distribuídos perifericamente na superfície do ovário. O acúmulo de microcistos pode causar o aumento médio de 2,8 vezes o tamanho normal do ovário.
A Síndrome de ovários policísticos é um distúrbio que inicia na puberdade. É progressivo. Os cistos não estão presentes em todas as pacientes com a síndrome, sendo encontrados em cerca de 80% dos casos.
A presença de cistos não é suficiente para fazer o diagnóstico, pois até 20% das mulheres normais, sem qualquer alteração dos níveis hormonais, podem apresentar imagens de cistos. É importante diferenciar os ovários policísticos que são achados no ultrassom, da síndrome de ovários micropolicísticos, que é um distúrbio complexo e que pode apresentar ou não a imagem de ovários policísticos ao ultrassom.
O conjunto de sintomas provocado pela formação de microcistos, embora frequente, em apenas 6% a 10% das mulheres apresentam alterações endócrinas por causa do problema. A maior parte dos casos aparece na adolescência, acompanhando durante a vida e tendendo a se normalizar após os 35 anos.
Uma das consequências da síndrome é a diminuição da fertilidade devido à dificuldade de ovulação. Entre as mulheres que apresentam os sintomas da síndrome de ovário policístico, apenas 25% engravidam espontaneamente. Mas o tratamento para induzir à ovulação é simples; portanto, na maioria das vezes, a infertilidade é facilmente revertida. Muitas adolescentes com estes ovários pensam que não podem engravidar e acabam tendo uma gravidez indesejada.

SINAIS E SINTOMAS

Irregularidades menstruais com atrasos ou total ausência das menstruações.
Dificuldade na ovulação, que pode dificultar a gravidez.
Problemas de pele como: acne, espinhas, queda de cabelo, pele oleosa e aumento de pelos.
Podem apresentar aumento de peso.
Devem ser cuidadosamente avaliadas em relação à resistência à insulina e à síndrome metabólica, pois estas doenças estão relacionadas com maior chance de desenvolver alterações vasculares, diabetes, hipertensão arterial e risco cardiovascular aumentado.

O diagnóstico é feito através da história clínica e exame físico e de alguns exames complementares. Os exames que podem ajudar no diagnóstico são:
Ultrassom do útero e ovários, que pode mostrar a presença de múltiplos pequenos cistos em ambos os ovários.
Testosterona, que muitas vezes está aumentada;
Glicemia e colesterol.
Todas as mulheres com sintomas sugestivos devem ser avaliadas por um especialista, para determinar a presença ou não da síndrome. O ginecologista e o endocrinologista podem fazer essa avaliação e indicar o tratamento mais adequado para cada caso.

SAIBA MAIS
Uma em cada dez mulheres pode apresentar o problema, que causa desde espinhas até a dificuldade de engravidar.
Mulheres que apresentam apenas sinais de ovários policísticos ao ultrassom sem desordens de ovulação ou hiperandrogenismo não devem ser consideradas como portadoras da síndrome de ovários policísticos.
Sem ovular, a mulher deixa de produzir o hormônio progesterona, responsável pela proteção do útero, aumentando os riscos de câncer de endométrio.
Aumento de casos de aborto.
Alguns dos sintomas como irregularidade menstrual, o aumento de peso e surgimento de pelos em excesso podem gerar problemas psicológicos na mulher.
Desenvolvimento de características físicas masculinas (pelos no rosto e peito, alargamento de ombros, alteração na distribuição de gordura corporal, entre outros), por causa do aumento de hormônios androgênios, como a testosterona.
Uso de anticoncepcional específico para a síndrome, que atua também nos problemas de acne e hirsutismo, além de regular o excesso de testosterona.
Uso de hipoglicemiantes orais.
Uso de estimulantes da menstruação.
Depilação dos pelos que a paciente considerar excedentes.
Uso de cosméticos específicos para diminuir a acne.
Realizar exercícios físicos regulares.
Dieta de emagrecimento ou específica para diabético.
Psicoterapia para controle do estresse e redução da ansiedade causada pelas mudanças corporais.




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