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Israel diz que não 'cederá a pressões' dos EUA
Por Da AFP
03/11/2004 | 13:07
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Israel afirmou nesta quarta-feira que não cederá a eventuais pressões do próximo governo americano, independente do resultado da eleição presidencial.

"Até o momento, cooperamos com todos os governos americanos e continuaremos fazendo o mesmo. Penso que as pressões não são necessárias. Israel deseja avançar no caminho da paz", afirmou o ministro das Relações Exteriores, Sylvan Shalom, à rádio militar. No entanto, a emissora divulgou um relatório da chancelaria em relação às pressões americanas em qualquer cenário futuro, especialmente sobre a questão do desmantelamento das colônias israelenses na Cisjordânia.

O documento também prevê que os Estados Unidos podem hesitar no futuro no momento de exercer seu direito de veto a favor de Israel no Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU).

Procurado pela AFP, uma autoridade da chancelaria de Israel, que pediu anonimato, confirmou que seu ministério está fazendo "uma série de avaliações".

"A principal conclusão que se tira dessas reflexões é que os Estados Unidos se envolverão mais na região, o que não quer dizer que isso será negativo para Israel", acrescentou a fonte.

"Toda a questão está em saber se os americanos se contentarão com a aplicação do plano de retirada da Faixa de Gaza que Sharon deseja aplicar ou se pedirão mais", afirmou.

No entanto, o embaixador de Israel em Washington, Dany Ayalon, garantiu que não há nenhuma pressão à vista.

Um analista da rádio militar afirmou que Sharon, que não quis demonstrar sua preferência em público, ficaria muito feliz com a vitória do presidente George W. Bush.

O porta-voz da embaixada dos Estados Unidos em Tel Aviv, Paul Patin, afirmou à rádio que não acredita em grandes mudanças na política em relação a Israel.

Segundo uma pesquisa recente, 55% dos israelenses preferem Bush, contra 45% favoráveis ao democrata Kerry.

O atual presidente, o republicano George W. Bush, é apontado como vencedor sobre o democrata John Kerry, apesar da incerteza sobre o resultado. O secretário-geral da Casa Branca, Andrew Card, já anunciou a vitória de Bush.




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