Político lutava pela vida na UTI de hospital em São Paulo desde o dia 5; doação de órgãos não pode ser realizada
Atualizado às 19h34
Internado desde 2 de março por causa da Covid-19, morreu nesta quinta-feira (18), o senador Major Olímpio (PSL). A morte cerebral foi declarada pela equipe médica que o tratava no Hospital São Camilo, em São Paulo. O político lutava pela vida na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) desde o dia 5 e completaria 59 anos no sábado (20). Ele deixa mulher e dois filhos.
"Com muita dor no coração, comunicamos a morte cerebral do grande pai, irmão e amigo, Senador Major Olímpio. Por lei a família terá que aguardar 12 horas para confirmar o óbito e está verificando quais órgãos serão doados. Obrigado por tudo que fez por nós, pelo nosso Brasil", diz a conta do parlamentar no Twitter.
Por ter sido decretada morte cerebral, a família fez menção à doação de órgãos, porém, em pacientes com Covid-19 os procedimentos não podem ser realizados. "Não pode transplantar porque é possível transmitir o vírus para quem receber os órgãos. A pessoa tem que estar negativada e, por pelo menos 28 dias, recuperada completamente da doença. Ainda assim, mesmo com todos esses cuidados, é uma contra indicação relativa", explica ao Diário, Nicolle Farias de Queiroz, médica clínica e cardiologista, à frente da UTI Covid do Hospital São Luiz.
Olímpio é o terceiro senador que perde a vida após complicações pelo novo coronavírus. Em outubro do ano passado, Arolde de Oliveira (PSD-RJ), 83 anos, morreu após ser infectado. Em fevereiro deste ano, o decano do Senado, José Maranhão (MDB-PB), faleceu após lutar contra a doença.
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