Economia Titulo Combustíveis
Com tendência de alta, gasolina retorna ao patamar dos R$ 4

Depois de redução causada pela pandemia, barril de petróleo volta a subir no Exterior, o que influencia no valor final para o consumidor

Por Yara Ferraz
do Diário do Grande ABC
08/09/2020 | 02:35
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Após apresentar redução nos primeiros meses da pandemia, o preço do litro da gasolina voltou a subir e já atinge novamente o patamar de R$ 4 nos postos de combustível do Grande ABC. Desde junho, o acréscimo foi de pelo menos R$ 0,50 no valor das bombas. O aumento tem principal causa o reajuste do valor internacional do barril do petróleo nas últimas semanas – que tinha despencado em março.

De acordo com os dados mais recentes da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), tabulados pelo Diário, a média de preços da região é de R$ 3,96, mas em cidades como São Caetano e Ribeirão Pires já está acima dos R$ 4 (veja mais na arte acima).

O valor por litro no Grande ABC chegou a R$ 4,38 em fevereiro. Com a Covid-19, caíram os preços do barril de petróleo, o que se refletiu nas bombas. Atingindo R$ 3,72 em maio – R$ 0,66 a menos. Porém, desde junho, várias foram as altas anunciadas pela Petrobras.

O presidente do Regran (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do ABCDMR), Wagner de Souza, estimou que a alta foi de R$ 0,50 desde junho. “Mês a mês os valores estão subindo. A tendência de alta foi retomada no meio do ano, após a redução significativa com a pandemia”, disse.

“Logo que a pandemia começou, o preço do barril do petróleo foi a US$ 30, aproximadamente, atualmente ele está a US$ 45. Isso aconteceu por causa da retomada da economia do mundo”, explicou o coordenador do curso de Administração do Instituto Mauá de Tecnologia, Ricardo Balistiero, lembrando que a política de paridade de preços da Petrobras leva em conta os valores internacionais.

A estatal entretanto sustenta que no acumulado do ano, a redução do preço da gasolina é de 7,7%.

DIESEL
De acordo com o presidente do Regran, o diesel teve aumento de R$ 0,55 desde junho, mas isso aconteceu por causa do biodiesel, componente do combustível que sofreu alta. “O diesel subiu R$ 0,15 por causa do biodiesel e desceu R$ 0,10 com a redução da Petrobras (de 6%). Então, no excedente, o consumidor ainda paga R$ 0,05 a mais”, afirmou.

No acumulado do ano, a redução do preço é de -20,8%. De acordo com os dados da ANP, a média na região é de R$ 3,42.

A Petrobras informou que os preços cobrados por estes produtos não dependem exclusivamente da estatal. “Tributos e margens de comercialização são alguns dos componentes do preço final ao consumidor”, informou. 




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