A alta dos metais no exterior impulsionou as ações da Vale e garantiu ganhos à Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo), que encerrou maio com o segundo melhor fechamento mensal de 2008, de 6,96%, e também com o segundo maior volume mensal desde o início do Plano Real, em julho de 1994.

Na esteira do upgrade do País pela Fitch e da nova descoberta de petróleo na Bacia de Santos, os investidores realizaram lucros com Petrobras, que terminou em baixa, na contramão dos preços do petróleo.

As bolsas norte-americanas encerraram em direções opostas, com o Nasdaq em alta favorecida pelo desempenho da Dell no primeiro trimestre, e o Dow Jones em terreno negativo induzido em parte pela queda do sentimento do consumidor norte-americano em maio ao menor nível em 28 anos.

O dólar à vista permaneceu nos menores valores em mais de nove anos e acumulou no mês baixa 2,10%. A expectativa é de que o fluxo cambial seguirá favorável ao País, podendo levar as cotações a patamares menores.

Os juros futuros mostraram reação limitada à informação de que o governo fará esforço fiscal extra de 0,5% do PIB, além da meta de superávit primário em 3,8%, e oscilaram com fatores técnicos. A curva futura de juros sinaliza a probabilidade pouco maior de alta de 0,50 pp da Selic na próxima semana.

A justificativa para o fato de Bovespa fechar maio com o segundo melhor desempenho mensal de 2008 foi a elevação do rating do Brasil a grau de investimento, porém mais pela nota da Standard & Poor's, em 30 de abril, do que pela elevação da Fitch, anunciada quinta-feira. As commodities roubaram a cena neste mês e isso não mudou no pregão de ontem. Metais e petróleo subiram, influenciando diretamente as 'blue chips' (de primeira linhas).

O Ibovespa encerrou a sessão em elevação de 1,11%, aos 72.592,5 pontos, depois de ter oscilado entre a mínima de 71.766 pontos (-0,04%) e a máxima de 72.862 pontos (+1,48%). Em março, a Bolsa acumulou ganhos de 6,96%.