O São Paulo entrou no gramado do La Bombonera nesta quarta-feira à noite como favorito ao título da Copa Sul-Americana, tamanha diferença de tradição em relação ao Tigre, da Argentina. Mas Luís Fabiano, outra vez, estragou tudo. Com 13 minutos, ele se envolveu em confusão e foi expulso, assim como Donatti. Sem seu principal atacante, o Tricolor perdeu a referência na área e no segundo tempo se limitou a segurar o 0 a 0.

Com o resultado, o São Paulo precisa de vitória simples, quarta-feira (12), no Morumbi, para ficar com o título. Outro empate, com ou sem gols, leva a decisão para os pênaltis.

A diferença técnica entre os times ficou evidente desde os primeiros toques na bola. Com dois minutos, Lucas conseguiu se infiltrar na defesa, tabelou com Luís Fabiano, mas finalizou fraco, nas mãos de Albil.

O gol parecia questão de tempo. Foi então que Luís Fabiano, um dos mais experientes do time, caiu na armadilha tão comentada durante a semana. Aos 13, ele se envolveu em confusão com o zagueiro Donatti, tentou agredir o rival e os dois foram expulsos.

O lance mudou o rumo da partida. Sem referência na área, o São Paulo se perdeu. Tinha a posse de bola, mas nem Lucas muito menos Osvaldo conseguiam achar espaço. Assim, o Tricolor rodava na intermediária sem objetividade. Do outro lado, o Tigre apenas explorava os contra-ataques.

O segundo tempo foi bem diferente. Percebendo que o time brasileiro não tinha força ofensiva, aos poucos o Tigre criou coragem e foi ao ataque, mas também não criou grandes chances de gol.

A situação do Tricolor piorou quando o técnico Ney Franco sacou o meia Jadson para entrada do volante Cícero. Com a mudança, até as bolas paradas, que viraram alternativa, perderam a eficiência.

Do outro lado, os argentinos, empurrados pelos torcedores que não lotaram La Bombonera, esboçaram pressão, mas o máximo que conseguiram foram cruzamentos altos na área, sem perigo.

Assim, o confronto se arrastou com o São Paulo satisfeito, pois decide o título em casa, e o Tigre no ataque, mas com receio de sofrer contra-ataque. Essa falta de ambição definiu o sonolento empate.