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Esporte profissional incentiva jovens
Rosângela Rosendo
Especial para o Diário
28/07/2004 | 00:46
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As conquistas da equipe profissional de futebol, que já foi vice-campeã da Copa Libertadores da América e participou duas vezes da final do Campeonato Brasileiro, garantiram a São Caetano maior visibilidade nacional e internacional e despertaram o interesse de inúmeras crianças e jovens para a prática de esportes. Impulsionados pela paixão e com o desejo de se tornarem grandes atletas, muitos pequenos torcedores foram atraídos para as escolinhas de futebol que funcionam no município.

Na escolinha da Associação Desportiva São Caetano, pelo menos 160 meninos de 5 a 14 anos freqüentam diariamente as aulas do professor Ademir Chagas, o Bigú, ex-jogador do São Caetano. “A prática do esporte é muito importante e consegue acabar até com guerras. Nas aulas, os alunos que têm mais dificuldade acabam amadurecendo e superando inclusive seus obstáculos pessoais, como a timidez”, ressalta.

Lucas Vinícius, de 10 anos, que há um ano freqüenta a escolinha, decidiu praticar o esporte porque sempre desejou ser jogador profissional. “Já aprendi como passar a bola e driblar os jogadores, mas o que mais gosto é de fazer gol”, conta. Pedro Henrique Birais, de 9 anos, divide com o colega o sonho de ser jogador de futebol. “Também aprendi muitas coisas. No começo não sabia direito cobrar falta, mas, hoje, meu chute já é bem mais forte”, comemora Pedro.

Além das conquistas do futebol, a cidade tem motivo para se orgulhar da equipe competitiva de Ginástica Rítmica Desportiva do São Caetano Esporte Clube, que já representou o município em diversos campeonatos. A equipe é bicampeã do Torneio Nacional de Ginástica Rítmica e, recentemente, venceu os 48º Jogos Regionais, em Cotia. Esse reconhecimento foi possível graças a muito treinamento e esforço realizado na escolinha do clube, que transformou as garotas em jovens atletas. A equipe é composta por 45 meninas de 6 a 17 anos, das categorias iniciação, pré-infantil, infantil, juvenil e adulta.

Segundo a ex-ginasta Florência Rodriguez, técnica da equipe há cinco anos, a escolinha trabalha o desenvolvimento corporal e prepara as ginastas para o torneio de massificação para que tenham mais afinidade com os aparelhos da modalidade (bola, corda, maça, laço e arco). “As alunas que se destacam passam para a turma de aperfeiçoamento, de acordo com a faixa etária e o aparelho da sua categoria”, explica. A técnica acrescenta que há turmas de iniciação dos 6 aos 14 anos e afirma que uma garota que começa a treinar a partir dos seis anos tem mais chances de ser uma atleta profissional.

Para alcançar os melhores resultados, as atletas treinam quatro horas seguidas diariamente e a disciplina na escola, na ginástica e com a saúde é bastante rigorosa. Segundo Florência, a ginástica rítmica também tem contribuído para o desenvolvimento profissional e pessoal das meninas. “Duas ginastas já estão na Faculdade de Educação Física e outras três pretendem prestar vestibular para o mesmo curso. Todas querem seguir uma profissão e dar aulas de ginástica rítmica”, comenta.

Há cinco anos, Marília Mesquista Sutilo, de 14 anos, começou a praticar ginástica rítmica e diz que vem se esforçando bastante dentro da equipe adulta do São Caetano. “Não tenho uma vida normal porque estudo e treino muito. Mas quando participo e venço algum campeonato percebo que todo o esforço valeu a pena”, destaca. Marília conta que, por causa do esporte, amadureceu e ficou mais responsável na vida pessoal e nos estudos. “Este ano, vou representar a minha escola nu-ma competição e por isso até ganhei uma bolsa de estudos”, comemora a ginasta.

O que parecia ser apenas mais uma opção para deixar a vida sedentária se transformou no objetivo de vida para Nahomi Muniz dos Reis, de 17 anos, que pratica ginástica há cinco anos e pertence à categoria adulto. “Entrei na ginástica porque não tinha nada para fazer e agora só me concentro nisso. Foi amor à primeira vista”, define Nahomi, que considera sua vida melhor e mais saudável por causa do esporte e das amizades que fez. Apesar de ser mais nova, Natália Marques Lopes dos Santos, de 9 anos, não pensa diferente das colegas. A ginasta pratica a modalidade há três anos e já conquistou o primeiro lugar na prova individual da categoria pré-infantil durante a disputa da Taça da Federação e da Liga Nacional de Desportos Acrobáticos e Ginástica Geral, em São Paulo. “Resolvi fazer ginástica rítmica porque achei bonito o movimento com a fita, que é o aparelho mais difícil de trabalhar”, explica.




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