Às vésperas das férias de final de ano, quando o fluxo de veículos rumo à Baixada Santista aumenta, as seis lombadas eletrônicas instaladas no trecho de serra da Anchieta começaram a multar.
De acordo com a Ecovias, administradora do sistema Anchieta-Imigrantes, os dispositivos, instalados em outubro, passaram a funcionar ontem.
Entretanto, no horário em que a reportagem esteve no local, entre 16h e 17h, os aparelhos ainda não estavam funcionando.
DESAGRADOA notícia desagradou parte dos motoristas que passam pela estrada.
“Não bastam os pedágios para levar nosso dinheiro?” indagou a administradora Angélica Lima, 29 anos.
A Ecovias alega que a instalação dos aparelhos visa diminuir o número de acidentes no trecho de serra da Anchieta.
Segundo a empresa, no ano passado, o trecho concentrou 771 dos 3.497 casos registrados na rodovia – 20% do total. É o ponto onde há maior número de ocorrências na estrada.
A velocidade máxima permitida nos seis pontos onde os radares foram colocados varia entre 50 km/h e 60 km/h.
A homologação dos radares foi feita anteontem pelo DER (Departamento de Estradas e Rodagens). É com o órgão que o valor arrecadado ficará.
De acordo com o DER, não há estimativa de arrecadação. O dinheiro será revertido em sinalização, engenharia de tráfego e de campo, policiamento, fiscalização e educação de trânsito.
As lombadas passam a operar em 15 quilômetros de estrada da pista Sul da Anchieta e fazem parte do Plano de Segurança do Trecho de Serra da via Anchieta.
VELOCIDADE
Até chegar ao radar, o motorista é avisado diversas vezes sobre a presença da lombada eletrônica por grandes placas de sinalização espalhadas ao longo da via.
Os avisos indicam distâncias de 500, 300 e 200 metros até a chegada dos radares, todos fixos.
Durante a semana, caminhões são a maioria dos veículos que trafegam pelos seis pontos onde as lombadas eletrônicas estão instaladas.
Muitos, mesmo sem saber se de fato os radares estavam operando, já reduziam a velocidade.
“Eu achei uma medida boa. Já vi muito acidente neste trecho, na descida para o Litoral”, disse o caminhoneiro Nelson Moreira, 43 anos, há 25 fazendo o trajeto São Bernardo-Baixada Santista.Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.