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Israel entra em estado de alerta por causa da Páscoa judaica
Por Da AFP
04/04/2004 | 16:26
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Israel passou este domingo em estado de alerta reforçado ante o temor de atentados durante a Páscoa judaica, que será celebrada a partir desta segunda-feira. Por outro lado, um membro do braço armado do movimento radical palestino Hamas, a Jihad Islâmica, morreu ao ser atingido por disparos de soldados israelenses no norte da Cisjordânia.

O exército israelense deslocou reforços para a Cisjordânia, principalmente ao redor das colônias judias na região, informou neste domingo a rádio militar.

Os oficiais foram enviados depois da infiltração de um palestino do Hamas na colônia de Avnei Hefetz, perto de Tulkarem, na madrugada de sábado, com o saldo de um colono morto. O militante radical foi morto por soldados.

Vários grupos armados palestinos juraram vingar o assassinato do fundador do Hamas, xeque Ahmed Yassin.

"Na época de uma festa judaica, sabemos que as organizações terroristas redobram os esforços para executar ataques contra civis e soldados israelenses", afirmou à AFP um porta-voz militar.

No dia 27 de março de 2002, na noite da Páscoa judaica, um suicida palestino cometeu o maior atentado desde o início da Intifada, em setembro de 2000, matando 29 pessoas em um hotel de Netanya, ao norte de Tel Aviv.

Em mais um conflito, um membro da Jihad Islâmica morreu neste domingo ao ser atingido por disparos de soldados israelenses que atacaram um veículo no acampamento de refugiados de Tulkarem. Rami Jalili, 20 anos, morreu no hospital local por não resistir aos ferimentos. Sete palestinos ficaram feridos no mesmo ataque.

Fontes palestinas de segurança afirmaram que Jalili era membro da Jihad Islâmica. Ele era procurado por Israel por sua suposta participação em ataques antiisraelenses.

No aspecto político, autoridades israelenses fizeram novas ameaças a Yasser Arafat.

"Yasser Arafat e sua liga de terroristas vindos da Tunísia (país onde se encontrava antes de retornar aos territórios palestinos) constituem um obstáculo mais importante que o Hamas e o xeque Yassin", afirmou o ministro israelense da Saúde, Danny Naveh. Segundo Naveh, que defende a expulsão do presidente da Autoridade Palestina, as ameaças veladas de eliminação feitas pelo primeiro-ministro Ariel Sharon, "devem fazer Arafat entender que não possui nenhuma imunidade".

"Que eu saiba, ainda não existe uma decisão concreta de expulsar Arafat, mas é preciso demonstrar firmeza", acrescentou.

No dia 11 de setembro de 2003, o gabinete de segurança de Israel tomou a decisão "de princípio" de livrar-se de Arafat por causa dos atentados suicidas que custaram a vida de 15 israelenses.

No sábado, Arafat afirmou que as ameaças de Sharon o deixam "indiferente".




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