"O envio da missão da AIEA foi decidido a pedido do ministro das Relações Exteriores, Hoshyar Zebari”, disse El Baradei à imprensa, no Cairo, sem anunciar a data precisa da visita.

El Baradei destacou que a AIEA possui um mandato de inspeção para o Iraque que "continua válido até a redação do relatório final pelos inspetores, sobre o qual as sanções impostas devem ser então suspensas".

"A volta dos inspetores ao Iraque é uma necessidade imperativa, não para buscar armas de destruição em massa, mas para redigir o informe final sobre a ausência deste tipo de armas no Iraque", acrescentou.

O Conselho de Segurança votou, em 22 de maio de 2003, a suspensão das sanções internacionais impostas ao Iraque desde a invasão do Kuwait por parte das tropas iraquianas, em agosto de 1990, com exceção das que pesam contra as armas.

Os inspetores abandonaram o Iraque às vésperas da invasão anglo-americana para derrubar o ex-presidente Saddam Hussein, em março de 2003. A AIEA indicou então que não havia encontrado qualquer prova que confirmasse que o ex-regime de Bagdá tivesse programas de armas nucleares, como acusavam os Estados Unidos.