Palavra do Leitor Titulo
O Cantão sem censura da China

A data: 7 de janeiro de 2013. A cena: dezenas de estudantes...

Dgabc
04/02/2013 | 00:00
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Artigo

A data: 7 de janeiro de 2013. A cena: dezenas de estudantes segurando cartazes de protesto contra a censura. O local: a cidade de Cantão, capital da província de Guangdong, na China. O fato mostra que há luz no fim do túnel; que a China não é mais a mesma caixa trancada e a internet tem se transformado na ferramenta de libertação de amarras.

Com mais de 1,3 bilhão de habitantes, a China vive crise existencial que se reflete no mundo virtual. O país continua com restrições à liberdade de imprensa e há imposição de obstáculos ao livre uso da web. O ato do início do ano aponta que, pela primeira vez na história recente, houve espaço para protestos sem retaliação na China. E o movimento só ganhou as ruas por causa da internet.

O protesto em Cantão é parte de crescente mobilização popular pela liberdade de imprensa. Essa mobilização tem ganhado força por causa dos internautas, que, mesmo censurados, conseguem espaço. A insatisfação surgiu no primeiro fim de semana do ano, quando repórteres do Semanário do Sul acusaram censores de alterar mensagem de Ano-Novo aos leitores, em que a defesa de um governo constitucional foi substituída por palavras de louvor ao Partido Comunista.

Os manifestantes empunharam cartazes manuscritos dizendo que ‘liberdade de expressão não é crime' e que ‘os chineses querem liberdade'. O jornal não é defensor ferrenho da liberdade de expressão. Ao contrário: os dirigentes do veículo logo partiram para a defesa, alegando que ‘os rumores pela internet eram falsos'. Mas muitos jornalistas se desvincularam dessa declaração e iniciaram greve. Cartas abertas passaram a circular em sites e redes sociais pedindo a demissão do chefe de propaganda da província, Tuo Zhen, acusado de amordaçar a imprensa.

A China mantém intenso monitoramento de reportagens e posts na internet. Como controlar o universo on-line? Enquanto existirem pessoas com desejo de fazer ecoar a sua indignação e capazes de burlar os censores chineses, esse controle é impossível.

A segunda maior economia do mundo afeta a vida de todos. O consumo no planeta pode ser acometido por uma internet livre na China. Muitos têm a ganhar - em especial o Brasil, dependente direto do consumo chinês. A boa notícia é que há uma fagulha no palheiro. E que o governo, por pressão popular, tem dado ar à fagulha.

Gabriel Rossi é estrategista em marketing.

PALAVRA DO LEITOR

Ademir Medici

Neste nosso Diário, sempre há aquelas páginas que nos chamam mais atenção. Umas em Esportes, outras em Política, Economia, Setecidades, Cultura & Lazer, Empregos e Oportunidades, Classificados, Automóveis e Imóveis. Porém, uma pequena homenagem de gratidão a Ademir Medici, que verte incansável tentativa em nos fazer compreender que preservar as lembranças culturais é nossa melhor herança para a continuidade de nossa história e mundo. E ele, como voluntário, pesquisador, missionário dessa veia cardíaca de Cultura, plantonista de UTI para evitar nosso imperdoável esquecimento, alimenta diariamente nossa memória.

Cecél Garcia, Santo André

Está entregue!

Seria ingenuidade acreditar que um abrigo de ônibus, lá no Riacho Grande, teria a mínima prioridade para ser reconstruído! Quase ninguém tomaria conhecimento, ao contrário da árvore de Natal de 40 metros no Centro, ‘iluminando' a vida de todos os moradores. Como a antiga rodoviária era um galinheiro, era necessário construir outra, mas não como foi: feita às pressas, em local inadequado, com dois pisos de estacionamento, que vive às moscas, e com heliponto para urubus. O motivo da pressa? Reeleição de Maurício Soares. Prioridade é gastar os tufos na iluminação do Estádio 1º de Maio para o ‘chefe' assistir a um ou dois jogos por ano; torrar quase R$ 5 milhões na Praça da Matriz, enquanto a Lauro Gomes está jogada às traças e na mão de ‘muambeiros'. Na mesma situação estão as calçadas do Centro, verdadeiros lixos. O cabeamento nos postes não deixa para trás nenhuma gambiarra ou gatos de favelas. A Prefeitura que me desminta.

Nelson Mendes, São Bernardo

Protestos

Quando alguém que anda de carro protesta contra o aumento da passagem, essa pessoa o faz não por promoção pessoal, mas sim pelo amor ao próximo, pelo direito coletivo. Exercer ‘cidadania' significa participar e se preocupar com os problemas da cidade. Nós vivemos em uma rede de relações sociais coletivas, e justiça social se faz com união. A política verdadeira emana do povo. Se cada cidadão, independentemente de sua classe social ou intelectual, unisse forças para discutir os problemas de Mauá, não viveríamos essa triste realidade de políticos corruptos, mais de R$ 1 bilhão de dívidas, e Saúde, Transporte, Cultura etc com sérios problemas. Sempre lutei pela melhoria das condições de vida da população. Nas palavras de Martin Luther King Jr, "talvez não tenhamos conseguido fazer o melhor, mas lutamos para que o melhor fosse feito. Não somos o que deveríamos ser, não somos o que iremos ser, mas, graças a Deus, não somos o que éramos". Quem aceita o mal sem protestar, coopera com ele.

Marcos Aurélio da Rocha, Mauá

Menos Cultura

A Secretaria de Cultura de São Bernardo decidiu que, a partir do primeiro dia útil de 2013, as bibliotecas públicas passariam a funcionar entre 9h e 18h, em substituição ao horário antigo (das 8h às 18h30), sem que nenhum usuário ou funcionários tivessem sido ouvidos a respeito. Como resultado, houve visível diminuição no número de consultas aos periódicos e ficou impossível a boa parte dos munícipes utilizar o serviço de empréstimo de livros. Essa administração tem, desde seu início, ‘dado com uma mão e tirado com a outra'. Ao mesmo tempo em que gasta mais de R$ 5 milhões para comprar laptops para alunos do Ensino Fundamental, joga fora cadeiras e carteiras em bom estado e diminui o acesso da população à Cultura e informação. E por falar em informação, cadê o Diário do Grande ABC nas bibliotecas, conforme prometido pela Prefeitura, em resposta à minha reclamação?

Antônio Cesar Scopel, São Bernardo

Seguros

Inadmissível o cidadão pagar seguro de carro tão alto pela ineficiência governamental! As seguradoras aproveitam-se da total desorganização da Segurança no País e deitam e rolam em cima do pobre proprietário. O cúmulo chega ao extremo de uma das primeiras perguntas das seguradoras ser o CEP da residência. Assim, elas têm a pesquisa dos índices de furtos e roubos naquela área baseadas em dados e planilha que somente alguns têm em mãos. O engraçado é que, quando o governo estadual divulga a baixa nos índices de roubos e furtos a veículos, os proprietários não ganham desconto sobre aquele período. Muito pelo contrário! Com a palavra, as empresas seguradoras.

Roberto Gomes da Silva, Santo André




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