De olho no transito Titulo
Que cidade eu quero

Você já se perguntou qual a cidade ideal para morar?

Por Cristina Baddini
30/03/2012 | 00:00
Compartilhar notícia


Você já se perguntou qual a cidade ideal para morar? Já pensou que sua cidade é a sua casa estendida. Será que o modelo atual de cidade em que a aliança entre a indústria automobilística e a de construção civil onde, para morar, torna-se imprescindível a posse de carros se esgotou? 

Como lutar por uma cidade equânime e da diversidade, onde os benefícios do desenvolvimento urbano sejam democraticamente distribuídos e os ônus minimizados para todos e todas? Como fazer com que as cidades sejam justas e democráticas? Como reverter um quadro onde metade da população se utiliza do automóvel nas suas viagens a trabalho congestionando, poluindo e acidentando muita gente?

Cuidar do futuro 

A criação de espaços para que as crianças pensem e discutam as questões da vida urbana é muito importante nos dias atuais para que tenhamos cidadãos conscientes no futuro. Também é muito importante a montagem de programas pedagógicos educativos e campanhas permanentes com as técnicas apropriadas.

O objetivo desses espaços lúdicos deve ser o de fazer com que a criança entenda as diversas formas do ir e vir com segurança na cidade, associada a conceitos como inclusão social e sustentabilidade. É importante não apenas ensinar como são as placas de trânsito e incentivar a motorização infantil. É um verdadeiro crime incentivar crianças de 3 anos a ser unicamente motorista no futuro. 

Que bom será vermos nossas crianças discutindo o que é uma cidade saudável, sem poluição sonora e atmosférica e que favoreça a saúde dos cidadãos. Uma cidade acessível às pessoas com deficiência e mobilidade reduzida, onde se priorize os transportes públicos acessíveis e os modos menos agressivos ao meio ambiente para que o tempo e os deslocamentos sem congestionamentos se ajustem melhor às necessidades da população em relação ao trabalho, estudo, serviços, convivência social, lazer etc. Uma cidade onde os lugares públicos de conveniência como praças, parques e jardins se regenerem e aumentem em número e dimensão sobre os destinados ao tráfego de veículos, e se produza uma mudança na atual cultura de utilização do automóvel e respeito às leis de circulação. Uma cidade ecológica, envolvida e respeitosa com os objetivos globais de redução das emissões de gases nocivos e com a redução do impacto sobre a atmosfera e mudança do clima global. Uma cidade segura, onde se reduza progressivamente as mortes e os feridos no trânsito e proteja o transporte coletivo e os modos não motorizados. Uma cidade mais próspera. Uma cidade participativa onde se aplique a cidadania às pessoas. 

Espaço Vivencial Mobilidade de São Caetano 

Será inaugurado amanhã, às 10h, nas instalações da Secretaria de Mobilidade Urbana, situada na Avenida Conselheiro Antonio Prado, 250, no Centro de São Caetano, o Espaço Vivencial de Mobilidade Urbana. Com o propósito de possibilitar a cada criança interagir com o espaço urbano e aprender a viver com qualidade. Atenderá crianças entre 3 e 6 anos e também trabalhará com protagonismo juvenil. É, segundo o secretário de Mobilidade, Iliomar Daronqui, uma área dedicada a estudar formas para melhorar o ‘ir e vir' de todos nós. A criança deve começar a entender a cidade e brincar com soluções para o crescimento urbano, a mobilidade e qualidade de vida.

O Espaço Vivencial foi totalmente decorado pelo artista plástico de São Caetano Aleksandro Reis com temas sobre mobilidade urbana e sustentabilidade. O artista trabalhou em seus painéis a trilogia do trânsito: engenharia, educação e fiscalização. Além desses painéis, focou a importância do transporte público, com ônibus urbanos, transporte não motorizado, táxi, segurança no transporte escolar, mobilidade reduzida e outros. 

Enfim, espero que esse Espaço Vivencial de São Caetano venha servir para despertar nas crianças o sentimento de que todos devem cuidar da cidade como se cuida da sua própria casa.   




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;