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Vivax tira ‘Record News’ do ar sem aviso
Por Adriana Ferraz
Do Diário do Grande ABC
15/10/2007 | 07:00
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O lançamento do canal de notícias Record News mexeu, literalmente, com a programação local. A Vivax alterou suas opções de pacote na região após a troca de programação realizada pelo grupo de comunicação. No último dia 4, os programas da antiga Rede Mulher deram lugar a um canal exclusivo de notícias.

Mas o que seria uma melhoria tornou-se prejuízo. Os assinantes perderam o acesso ao novo canal uma semana após o lançamento, sem que a empresa notificasse os consumidores a respeito da troca.

“Quando percebi o problema, liguei para a central de atendimento. Disseram que era uma falha técnica que seria consertada. Mas depois assumiram que o canal havia sido tirado do ar e que para tê-lo de volta teria de pagar por um outro pacote, bem mais caro”, diz o analista de contas Emilcio Rogerio Zuliani, 39 anos, de Santo André.

O Procon da cidade já prepara uma notificação oficial à empresa. A Vivax terá, a partir desta segunda-feira, dez dias para justificar a mudança unilateral do contrato. Isso ocorre quando o serviço sofre alteração sem aviso prévio nem autorização do consumidor. Segundo o diretor Manuel Marques, a quebra de contrato rende indenização.

“Pedimos a eles que voltem com a antiga programação de canais, segundo o que estava acordado. Os clientes não podem pagar mais caro por isso”, diz Marques.

A aposentada Sebastiana do Carmo Eduardo, 63 anos, também se sente lesada pela Vivax. “A Rede Mulher era um canal aberto, assim como a Record News. Por que, agora, estamos sendo obrigados a pagar por esse direito?”, questiona a moradora de São Bernardo.

Para Zuliani, a briga é política, já que a Vivax é uma empresa do grupo Globo. “Há dois anos e meio, quando assumiram o controle da Cambrás, retiraram do pacote ‘pobre’ a Band News. Agora é a Record News, que é uma TV aberta.”

A empresa nega as acusações. Em nota enviada ao Diário, afirma que a mudança já estava programada para atender às exigências da lei do cabo. O canal TV Justiça, que substitui a Rede Mulher, é obrigatório para 100% da base, por isso a troca de posições. O pacote que inclui o canal de notícias custa R$ 104,90.



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