Os auditores fiscais do Trabalho do Estado de São Paulo resolveram nesta segunda-feira, em assembléia, manter a paralisação da categoria, que começou no dia 18 do mês passado. No Grande ABC, a subsede de Santo André também aprovou a manutenção da greve, que começou no dia 1º. Em São Bernardo, não há trabalho dos fiscais desde sexta-feira.

 Todos os 39 funcionários do Ministério do Trabalho e Emprego na região que estão em greve reivindicam não só reajuste salarial, mas também melhores condições de trabalho. Segundo o Sinat (Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho), a adesão da classe em todo o País já é de 70%.

 A entidade também aponta o momento como histórico para a categoria, pois é a primeira vez que há uma adesão tão grande por tempo indeterminado à greve, assim como a paralisação das atividades dos grupos móveis de fiscalização em todo o Brasil.

 Segundo o representante sindical da subsede de Santo André, Ricardo Silveira da Rosa, as condições de trabalho da classe são precárias e falta equipamento e pessoas para atender a demanda. “Nós fiscalizamos Santo André, São Caetano, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra. Somos 15 auditores para todas essas cidades e éramos 23 em 2000. Houve mais aposentadorias do que contratações, enquanto o número de empresas só cresce na região”, explica.

 Quanto aos problemas estruturais, há necessidades de reforma da unidade de Santo André, consertos e compras de equipamentos de informática. “Para termos água potável para beber, fazemos vaquinha”, revela o auditor.