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Centro de reabilitação em Mauá atrasa e custa o dobro

>Reforma, em curso há três anos, já consumiu R$ 1,9 milhão; nova licitação estima mais R$ 1,3 milhão em gastos

Aline Melo
Do Diário do Grande ABC
06/10/2018 | 07:00
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Denis Maciel/DGABC


As obras de ampliação do CER 4 (Centro Especializado em Reabilitação) de Mauá, que fica na Rua da Pátria, na Vila Magini, vão custar quase o dobro do estimado há três anos, quando tiveram início. A reforma do equipamento foi autorizada em dezembro de 2013 pelo Ministério da Saúde, quando foi anunciada liberação de R$ 1,7 milhão, via Fundo Nacional de Saúde.

Segundo a administração municipal, já foi executado R$ 1,9 milhão no projeto. Iniciada em 2015, a obra tinha prazo de conclusão em 12 meses, o que não ocorreu. A Prefeitura lançou nesta semana edital para contratação de empresa que vai executar as etapas remanescentes do equipamento, a custo estimado de R$ 1,3 milhão.

Com o novo contrato, previsto para durar 12 meses, serão gastos com o equipamento R$ 3,2 milhões, 90% mais do que estava previsto inicialmente. Conforme a administração, 65% das melhorias já foram executadas.

O CER realiza, em todas as faixas etárias, diagnóstico, avaliação, orientação, estimulação precoce e atendimento especializado em quatro modalidades de reabilitação: física, auditiva, visual e intelectual. Os atendimentos têm sido prestados provisoriamente no CRSCMA (Centro de Referência em Saúde da Mulher, Criança e Adolescente), na Rua Luiz Lacava, no bairro Bocaina.

Em junho de 2016, mês em que o equipamento deveria ter sido entregue, o Diário mostrou que apenas 40% da obra estava concluída e que o contrato com a empresa Rio Novo Construções e Soluções Urbana Ltda seria prorrogado por mais seis meses. Na ocasião, houve também o acréscimo de R$ 203,6 mil em recursos ao projeto. O prazo de conclusão era novembro daquele ano.

Nessa mesma ocasião, a administração alegou que, com a reforma, a expectativa era aumentar os atendimentos em cerca de 30% nas áreas de atenção das quatro modalidades de reabilitação, com crescimento gradativo. O edital que foi publicado esta semana estipula que as empresas interessadas têm até o dia 19 de outubro para entregar as propostas para a administração e será escolhida a de menor preço global.

A Prefeitura de Mauá afirmou que será preciso contratar nova empresa para tocar a obra, porque a segunda colocada na licitação anterior não respondeu ao chamamento e a terceira não aceitou continuar a obra. “Houve rescisão unilateral e multa à empresa”, alega a administração. Concluídas as obras do CER 4, a previsão de atendimentos é de 200 pacientes em deficiência intelectual, 200 pacientes em deficiência física, 150 pacientes em deficiência auditiva e 150 pacientes em deficiência visual por mês. Os usuários são encaminhados pelas UBSs (Unidades Básicas de Saúde).

Instalações hidráulicas, elétricas e estruturais passarão por reformulação. Já no que se refere à ampliação, haverá espaço maior dedicado à fisioterapia. 




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