Esportes Titulo Bom desempenho
Croatas não se abatem e celebram vice-campeonato histórico do time

Nascidos no país europeu ou descendentes estiveram reunidos em sociedade para ‘empurrar’ seleção xadrez

Por Dérek Bittencourt
16/07/2018 | 07:00
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 Encerrado o jogo em São Petersburgo, Croácia vice-campeã após a derrota por 4 a 2 para a França e a milhares de quilômetros dali, na Mooca, em São Paulo, uma postura bem diferente da que os brasileiros estão acostumados: aplausos e gritos em reconhecimento à campanha da seleção na Copa do Mundo. Cerca de 400 croatas e descendentes se reuniram na Sada (Sociedade Amigos da Dalmácia) para torcer juntos.

O xadrez em vermelho e branco ditou a moda no local e os torcedores carregaram os nomes dos heróis às costas: Modric, Mandzukic, Rakitic, entre outros.Aos poucos, pessoas de todas as idades foram se acomodando e degustando um cevapi (churrasco croata servido no pão sírio) ou os doces típicos – e deliciosos – antes de a bola rolar.

No momento em que o árbitro Néstor Pitana sinalizou o início da partida, todos os olhos se voltaram ao telão. Houve quem cruzasse os dedos, unisse as mãos, fizesse o sinal da cruz ou apertasse as bandeiras da Croácia. Valia de tudo para mandar boas vibrações até a Rússia.

Quando Perisic marcou o gol de empate, ainda no primeiro tempo, os torcedores foram à loucura. No intervalo, com a França de volta ao controle do placar, a confiança ainda era grande. Depois, quando Mandzukic fez o segundo tento croata, os franceses já lideravam o placar por 4 a 2, o que não diminuiu a festa de quem soube reconhecer o grande Mundial que a seleção fez.

“Jogamos até o último minuto e somos vice-campeões do mundo”, destacou o major da Polícia Militar, Robinson Castropil, cidadão croata que, por 20 anos, trabalhou no Grande ABC. “Em 1998 também perdemos para a França. Então (este sucesso) não aconteceu de repente. Temos história de futebol e outros esportes”, destacou o embaixador da Croácia no Brasil, Zeljko Vukosav, que veio de Brasília para ver a final.

“O xadrez é nossa marca registrada desde a participação em jogos e representa muito nosso time”, destacou o diretor da Sada, Boris Lukric Stanic Franulovich, neto de croata. “Nossa comunidade no Brasil é pequena e pouco conhecida, então, este evento fez com que aparecessem mais nossa cultura e tradições. E a seleção fez boa campanha, não entregou o jogo”, exaltou a professora Edna Covic, filha de croata.




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