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Após protesto, Sindserv espera nova proposta em Sto.André

Cerca de 500 pessoas participam de passeata no Centro, reivindicando reajuste e índice retroativo

Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
26/05/2018 | 07:00
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Celso Luiz


Depois de conduzir ontem grande ato de mobilização, o Sindserv (Sindicato dos Servidores Públicos) de Santo André aguarda nova proposta do governo do prefeito Paulo Serra (PSDB), entre segunda e terça-feira, relacionada ao reajuste salarial e retroativo do ano passado. Cerca de 500 pessoas participaram de passeata pelas ruas do Centro da cidade – a maior parte atrelada à Educação, setor com número mais significativo de adesão à paralisação durante o expediente –, que saiu do Paço e seguiu em caminhada em torno do prédio do Executivo.

“Na semana que vem, se eles (administração) não fizerem proposta melhor, vamos dobrar o número de pessoas (na manifestação)”, sustentou um dos dirigentes da entidade, Wagner Nascimento, em cima de caminhão de som. “Ato de hoje (ontem) é só o início, caso as tratativas não sejam retomadas”, disse, ao acrescentar que a próxima passeata terá encerramento em frente à residência do prefeito. “Esta foi a primeira, apenas um recado (para o governo), então iremos seguir roteiro, sem romper o acordo, mas o outro (protesto) prosseguirá para lá.”

Apesar de cinco rodadas de negociações, não houve consenso entre as partes. A última proposta do governo é conceder reajuste de 3%, sendo 2,68% correspondentes à inflação do período, calculada pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) dos 12 meses, mais o percentual de 0,32% a título de reposição salarial.

O Sindserv já marcou nova assembleia para quarta-feira, às 18h, no Paço. “(Ideia) É nova mesa na terça, na qual esperamos proposta decente por parte do governo”, alegou o representante legal da entidade, Durval Ludovico Silva. Além da passeata à noite, a categoria fez paralisações durante o período de expediente. Segundo o sindicato, a mobilização atingiu todos os setores, sendo que a concentração foi maior na Educação, com 70% de adesão de profissionais ligados à rede, entre professores, ADIs (Agentes de Desenvolvimento Infantil) e merendeiras.

A Prefeitura citou que o expediente se deu normalmente em todas as secretarias e departamentos. Para o Paço, “parte dos profissionais da rede de ensino aderiu à paralisação”. “Apesar de a Secretaria da Educação ter garantido, na véspera da greve, que as unidades escolares funcionariam normalmente, alguns alunos não compareceram às creches e escolas, possivelmente por receio dos pais”. Quanto às ausências, o governo reforçou que o sindicato “não seguiu os prazos legais para legitimar o direito constitucional de greve”. “A Prefeitura vai seguir a lei no que diz respeito aos servidores que não cumpriram a carga horária de trabalho.” 




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