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Apatia dos cidadãos

As audiências públicas sobre as contas em duas cidades da região, Mauá e São Caetano, foram feitas sem a participação da população

Por Wilson Marini
03/06/2010 | 00:00
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É para refletir. Segundo o Diário do Grande ABC de anteontem, as audiências públicas sobre as contas em duas cidades da região, Mauá e São Caetano, foram feitas sem a participação da população. Não por falta de convite, mas por desinteresse mesmo. Sobraram espaços vazios. As apresentações das planilhas do primeiro quadrimestre das prefeituras fossem feitas em alguns minutos. Em Mauá, onde a dívida total da cidade beira R$ 1 bilhão, nenhum munícipe compareceu. Reuniões desse tipo têm sido feitas no interior Paulista apenas para cumprir a obrigação, pois a prestação de contas é determinada pela Lei de Responsabilidade Fiscal. Na Assembleia Legislativa, deputados revelam que têm sido assim em parte das 15 audiências convocadas em regiões do Estado para discutir o orçamento do Estado de 2011. Na própria Assembleia, as sessões são frias e decepcionantes a quem se dispuser a acompanhar os debates no local, com baixa participação presencial dos parlamentares e do público. Mas os deputados têm os seus jogos e agem mais fora do plenário, que acaba sendo um rito para representar o que já está decidido. O lamentável é a falta de apetite da cidadania nos momentos em que é chamada. Das duas uma: ou entregou os pontos devido à descrença na forma atual de administrar a coisa pública ou confia cegamente nos eleitos.

Sacolinhas plásticas
O Ministério Público Estadual e as redes de supermercados assinaram acordo em Itu para reduzir em 50% o consumo de sacolas plásticas no município no prazo de dois anos, informa o jornal Cruzeiro do Sul, de Sorocaba. Se o compromisso for cumprido, cerca de 60 milhões de sacolas plásticas deixarão de ir para o lixo todo ano na cidade. Esse é um tema que não desaparecerá do noticiário tão logo na maioria das cidades. Quem ainda não está discutindo, vai colocar na agenda em breve. Generalizando, o plástico das sacolinhas é uma das principais causas de entupimento das redes pluviais e de esgoto nas cidades, o que gera inundações. Em Paris, o Carrefour decidiu cobrar R$ 0,20 por sacolinha em parte das lojas. No Brasil, o grupo diz que eliminará gradualmente o uso de sacolas plásticas até 2014 e a primeira loja a aderir à iniciativa é a de Piracicaba. A rede Walmart também apoia programas de redução das embalagens.

Motoqueiros
Diariamente, as ruas de nossas cidades se transformam em pistas de corrida onde o espaço é disputado perigosamente. Nessa guerra urbana, os motoqueiros são as maiores vítimas - fazem manobras arriscadas e correm mais que os automóveis. Uma queda pode ser fatal ou provocar traumas de grande porte. Entre as causas, estão a falsa sensação de segurança com os equipamentos obrigatórios de proteção e a inexperiência e juventude dos condutores. O aumento da frota (que cresceu 40% em média nos últimos dez anos) torna a moto cada vez arriscada. Em Araraquara, só como exemplo, já morreram neste ano nove motociclistas. O índice supera o registrado em 2009, quando morreram sete ao longo de todo o ano. A imprensa vai contando os mortos. Há muito tempo deveriam ter sido feitas campanhas de conscientização e adotadas medidas preventivas como faixas especiais e controles de velocidade. Ao menos algumas dessas vítimas talvez tivessem sido poupadas e os prejuízos sociais seriam menores. Ainda há tempo.

Caravana do petróleo
O Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo), em parceria com a Petrobras e o Prominp, vai realizar a partir da próxima semana 11 eventos em regiões paulistas para apresentar às indústrias as oportunidades de negócios no setor de petróleo e gás. O roteiro começa terça-feira em Osasco e segue para Jacareí (dia 9), São Bernardo (11), Jundiaí (14), Sorocaba (16), Limeira (17), Campinas (18), Rio Preto (22), Bauru (24), São Carlos (30) e Sertãozinho (1º de julho).

Breves
O desembargador Aloísio de Toledo César, do Tribunal de Justiça de São Paulo, sustenta: os delegados de polícia paulistas recebem o pior salário da categoria no País. E não é eufemismo. É o mais baixo, mesmo.

Pronto para ser votado na Assembleia Legislativa projeto de lei que prevê punições duras a estabelecimentos que comercializarem sem prescrição médica anfetaminas inibidoras de sono nas rodovias paulistas.




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