A Fifa (Federação Internacional de Futebol) pode decidir limitar o número de estrangeiros nos clubes durante seu congresso do próximo ano. A informação foi dada nesta sexta-feira seu presidente Joseph Blatter.

"É preciso preservar a identidade nacional dos clubes", justificou.

"É possível abrir as portas aos jogadores estrangeiros, mas sem perder sua identidade", insistiu Blatter, durante uma entrevista coletiva em Tóquio, onde está sendo disputado o Mundial de Clubes.

O suíço disse ter mencionado o tema há vários anos, mas que ele só voltou à tona agora porque alguns países atribuíram seus recentes fracassos ao grande número de estrangeiros em seus campeonatos.

O comitê estratégico da Fifa estudou o problema e "vai propor uma solução" durante seu congresso em Sydney, no fim de maio de 2008, destacou.

Blatter declarou que uma decisão sobre estas restrições "poderá, será ou deverá ser tomada durante o congresso da Fifa", afirmando que vários ídolos do futebol como Franz Beckenbauer, Johann Cruyff e Michel Platini, atual presidente da Uefa, "também estão trabalhando nesta direção".

O suíço também se declarou "satisfeito" com o Mundial de Clubes, em que medirão forças na final de domingo o Milan e o Boca. O clube italiano, aliás, foi citado como um exemplo da preservação de identidade.

Segundo Blatter, apesar de suas várias estrelas estrangeiras, entre elas o brasileiro Kaká, o Milan tinha seis jogadores italianos em campo no início de sua semifinal contra o Urawa Red Diamonds japonês (1-0).

O dirigente também notou que os outros clubes que participam desta competição não entram em campo com mais de três atletas estrangeiros ao mesmo tempo.