Terça-feira, às 11h, os 16 clubes participantes do Paulistão- 2017 estarão reunidos na sede da Federação Paulista de Futebol, na Capital, para o conselho técnico da competição. Tudo leva a crer que os moldes do torneio devam ser similares ao deste ano, com chaveamento na fase inicial e mata-mata a partir das quartas de final. Com a participação menor de clubes, há consequente diminuição no número de datas de jogos na etapa inicial do campeonato, ou seja, 12. Assim, os clubes do Interior se mobilizam – entre eles São Bernardo e Santo André – por mudanças nas regras.

Uma das principais, levantada em reunião realizada na FPF há um mês, prevê torneio entre as equipes do Interior que não se classificarem à segunda fase e não forem rebaixadas. Isso porque a primeira etapa deve se encerrar entre o fim de março e o início de abril. Como diversos desses times têm calendário (seja Copa do Brasil ou alguma divisão do Brasileiro), a eliminação traria hiato de compromissos com os clubes ainda tendo de arcar com os salários.

“Times como o Santo André, que disputa a Copa do Brasil, precisam se manter em atividade. A ideia é disputar torneio do Interior”, afirma o assessor da presidência andreense, Carlito Arini. “Pelo que parece, a Federação vai fazer proposta favorável. É em comum acordo entre os clubes”, declara o presidente do Tigre, Thiago Ferreira.

Mas tal ideia só poderá ser aplicada caso não haja alteração na fórmula de disputa. “Tudo vai depender do formato da competição. Se for por pontos corridos o Paulistão será alongado e não haverá essa necessidade”, palpita Arini.

Outra sugestão é adaptar o regulamento de inscrição de 28 atletas e excluir os jogadores da base (que disputaram competições sub-20 no ano anterior) desse montante. “Ideia brilhante, porque dá espaço para as revelações”, diz o dirigente ramalhino. “Questionamos poder lançar ou promover mais atletas formados no clube. Seria benéfico aos pequenos”, sugere Ferreira. (colaborou Anderson Fattori)

Azulão e Netuno preveem Série A-2 mais difícil dos últimos tempos

Se a reunião que definirá as diretrizes da elite será na terça-feira, no dia anterior, ou seja, segunda, os dirigentes dos 20 clubes pleiteantes ao acesso se reunirão na sede da Federação Paulista de Futebol para tratar do que já preveem como a “Série A-2 mais difícil dos últimos tempos”. Este discurso é uníssono e ecoa nas falas dos presidentes de São Caetano e Água Santa, representantes do Grande ABC no torneio.

“Será a Série A-2 mais competitiva dos últimos 20 anos, tendo em vista a força de times como o Guarani, Bragantino, São Caetano e o próprio Água Santa, que devem montar elencos com foco no acesso”, declarou Paulo Sirqueira, mandatário do Netuno, que ontem completou 35 anos de fundação. “Teremos em disputa equipes mais qualificadas que no ano passado. Será competição difícil, dura”, completou Nairo Ferreira de Souza, que dá as cartas no Azulão.

Segundo o dirigente são-caetanense, o regulamento será similar ao de 2016, ou seja, os oito melhores avançam ao mata-mata.