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Debate é marcado por ataques aos 12 anos de PSDB em S.Paulo
Do Diário OnLine
27/09/2006 | 01:09
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O debate entre os candidatos ao governo de São Paulo, realizado na noite desta terça-feira na TV Globo, foi marcado pelos ataques de todos os candidatos, com exceção de José Serra (PSDB), aos 12 anos de governo de políticos tucanos no Estado.

O principal adversário de Serra, Aloizio Mercadante (PT), também utilizou o confronto para se defender das acusações da participação no esquema de produção, compra e venda de um dossiê que ligaria políticos do PSDB com a ‘máfia das ambulâncias’.

José Serra, que de acordo com as pesquisas de intenção de voto venceria no primeiro turno se as eleições fossem hoje, utilizou a vantagem que tem sobre os adversários para apenas apresentar propostas e dizer que vai continuar o trabalho que foi feito pelos seus antecessores e companheiros de partido Mário Covas e Geraldo Alckmin.

Já Plínio de Arruda Sampaio (PSOL) procurou deixar clara sua diferença em relação aos seus concorrentes. Ele afirmou que uma eleição não pode viver apenas de promessas. “Temos que discutir propostas para a mudança deste modelo neoliberal que atualmente impera no país e é um entrave ao crescimento econômico”, assinalou.

Orestes Quércia (PMDB) falou sobre suas realizações na época em que era governador e disse que o Estado precisa ter pulso firme para combater o crime organizado. Carlos Apolinário (PDT) ressaltou o fato do seu partido não ter nenhum membro envolvido nos últimos escândalos de corrupção que tomaram conta do país.

Bate-Boca – O debate não registrou nenhuma discussão mais acalorada entre os participantes. No entanto, no terceiro bloco, Apolinário discutiu com o mediador Chico Pinheiro ao ser repreendido por não comentar sobre o assunto que determinado para aquele momento. “Eu gostaria que os outros também fossem repreendidos, porque você só fez isso comigo”, desabafou.

Dossiê – Mercadante não esperou ser perguntado por nenhum outro candidato para falar sobre o escândalo do dossiê. “É inaceitável que pessoas ligadas ao meu partido tenham se envolvido nesta história. Estou indignado, pois nos meus 30 anos de vida pública jamais aceitei este tipo de prática”, assinalou, quando perguntado por Quércia sobre o que faria para acabar com o arrocho salarial implementado pelos tucanos.

Já Serra apenas falou sobre o assunto no momento das considerações finais. Ele voltou a citar que o escândalo do dossiê foi uma baixaria para tentar minas uma campanha. “Mas acabou sendo um tiro no pé do próprio PT”, afirmou.

Ironias – Apesar dos candidatos não terem apresentado ao público nenhum bate-boca, algumas ironias marcaram o encontro. No primeiro bloco, Apolinário afirmou que Serra fez 171 promessas durante toda a campanha e que precisaria de no mínimo 20 anos para cumpri-las. O tucano respondeu apresentando seu programa de governo para o Estado.

Já no quarto bloco, quando Quércia afirmou que, ao contrário do PT e do PSDB teria pulso firme para combater o crime organizado, Serra sorriu e mostrou não acreditar que o ex-governador possa realmente agir com dureza na relação com os bandidos.



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