Dona de duas medalhas olímpicas no basquete feminino (prata em Atlanta-1996 e bronze em Sydney-2000), convidada a ser prefeita da Vila dos Atletas dos Jogos do Rio, Janeth Arcain viveu experiência diferente ontem ao conduzir a Tocha Olímpica em Santo André. E, sem dúvida, foi uma das personagens mais exaltadas pelo público, formado por fãs, familiares e vizinhos, afinal o trajeto passou ao lado de onde mora.

“Para mim foi mais que emocionante. Foi como ter uma medalha de ouro no peito”, afirmou ela, convidada pelo Bradesco. “Passei ao lado (de casa). A coincidência foi bacana. Passei até pela agência onde tenho conta”, brincou a ex-atleta, que exaltou ter corrido em Santo André. “É a cidade onde moro, estou há mais de 20 anos e tenho projeto social (Instituto Janeth Arcain)”, disse ela, feliz em ver o engajamento e a manifestação positiva das pessoas. “O pessoal está começando a vivenciar o momento olímpico.”

UNIFORMIZADOS

Familiares e torcedores da Fúria Andreense, uma das organizadas do EC Santo André, fizeram muita festa para a passagem do torcedor símbolo do Ramalhão, Eduardo Braghirolli, o Esquerdinha. Com direito a grito de guerra, fogos de artifício, chuva de papel picado e bandeirão, ele não escondeu a alegria.

Em frente ao Parque Celso Daniel, Hermenegildo Fattori foi assistido de perto por familiares, que acompanharam correndo em meio à multidão. Ele teve auxílio da neta Larissa.

Final tem galera e chama apagada

No trecho final da passagem da Tocha Olímpica por Santo André – que compreendeu a Avenida Bernardino de Campos, ruas Campos Sales, Luís Pinto Fláquer, Coronel Fernando Prestes, Avenida Pereira Barreto, Valdemar Mattei e a chegada ao Parque Central –, destacou-se a multidão em todos os trechos que, em sua maioria, recepcionou o símbolo máximo dos Jogos Olímpicos com muita alegria, gritos, aplausos, emoção e até confetes.

Muitos destes foram de bicicleta ou saíram correndo atrás dos condutores e percorreram os quase três quilômetros até o Parque Central. Entre os 15 mil presentes, muitos jovens, crianças, idosos, cadeirantes, bebês e até cachorros passeando com seus donos. O Sol ajudou a esquentar o clima de alegria e emoção que contagiou os presentes, mas não deu trégua aos que tiveram a honra de carregar a chama.

Na chegada ao Parque Central, a tocha foi recebida por protestos e chegou a apagar na entrada do local. Seus dois últimos condutores foram Antonio Carlos Moreno e Adauto Domingues, responsável por levar o objeto até a Concha Acústica do parque. “A voz embarga, mas é emocionante estar aqui”, disse o treinador do maratonista Marílson dos Santos.

Após discurso do prefeito Carlos Grana, houve apresentação de artes marciais e do violinista local Eros Avalon.