Política Titulo Eleição de 2016
Apesar de bloco, PPS rejeita apoio a Aidan no 1º turno
Por Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
11/10/2015 | 07:00
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André Henriques/DGABC:


Embora haja articulações por composição entre partidos do bloco formado pela oposição ao PT na esfera estadual, o PPS descarta apoio ao projeto do PSB em Santo André, encabeçado pelo ex-prefeito Aidan Ravin, no primeiro turno da eleição do ano que vem. Também pré-candidato ao Paço, Raimundo Salles (PPS) considerou que “não há a menor hipótese” de selar qualquer tipo de acordo na etapa preliminar do processo. “Não existe possibilidade de o (deputado federal e presidente paulista do partido) Alex (Manente) tirar a legenda de mim. Ele obteve 14.663 votos só na cidade. A chance é zero. Serei candidato.”

Apesar das investidas dos socialistas, sob a batuta do mandatário paulista da legenda e vice-governador Márcio França, o PPS tem resistido, até o momento. Segundo Alex, o acordo do grupo, composto ainda por PV e SD, prevê alinhamento apenas em cidades cujo o cenário contenha única candidatura de aliado. “Onde é possível vamos caminhar juntos. Esse é o acordo. Santo André é caso atípico. São dois nomes fortes (Salles e Aidan). Nós temos pré-candidato e isso será respeitado”, pontuou, mencionado que, em Guarulhos, por exemplo, a sigla deve aderir ao projeto do vereador Guti (PSB), podendo indicar o nome de Ricardo Rui como vice na chapa.

Antes descrente da fusão cogitada entre PSB e PPS – que de fato não se efetivou –, Salles assinalou que enxerga ser baixa a probabilidade de interlocução do bloco vigorar com força política nos municípios. “Considero que pode acontecer de não se configurar em lugar nenhum. Não funciona na prática. Envolve muito interesse.”

Especulações davam conta de eventual aliança do PPS com o PSB visando fortalecer a chapa contrária ao prefeito Carlos Grana (PT), em contrapartida, Salles rechaçou tratativas por acerto. “Nunca houve essa conversa. Quando não postulei vaga de deputado no ano passado eu avisei que iria pular (eleição, ocupava cargo de secretário de Cultura de Santo André). Foi a única (desde 2006) que não participei. A nossa pré-candidatura está consolidada”, disse, ao acrescentar ser “natural” readequação de números nas pesquisas de intenção de voto no município. “Não atuo em cima de índices. Trabalho com possibilidade de colocar as minhas ideias, pela coerência.”

Sobre a entrada da pré-candidatura do ex-vereador Paulinho Serra (PSDB) ao Paço, o popular-socialista considerou que “quanto mais postulantes” na concorrência “melhor para o processo” – em 2012, o tucanato entrou de vice na dobrada. “É bom ter muitos candidatos. Assim testa o Paulinho no campo majoritário. Mas avalio que isso não altera o cenário para mim”, disse. Salles frisou que a legenda tem, a priori, até nome de vice, citando Wilson Ponce (PPS), além de chapa proporcional completa, com alternativas na sobra. “Temos 54 no total, mas serão 32 (quadros à vereança). Quero trabalhar com esse número. Em 2008, o Aidan (vencedor na ocasião) teve 32. Eu tive 135 e o PT (com Vanderlei Siraque) 267 candidatos. Isso também não muda.”




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