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Handebol feminino joga pelo ouro após campanha perfeita

Brasileiras passaram de forma avassaladora pelas quatro primeiras partidas e colocam o enorme favoritismo à prova na decisão da medalha de ouro

Anderson Fattori
Do Diário do Grande ABC
24/07/2015 | 07:00
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Só um desastre, daqueles improváveis, pode tirar o título do Brasil no handebol feminino dos Jogos Pan-Americanos de Toronto. Atual campeã mundial, mesmo um pouco desfalcada, a equipe tem se mostrado muito superior aos concorrentes e será desafiada pela Argentina, hoje, às 21h, na luta pela medalha de ouro.

Em quatro partidas – três na primeira fase e a semifinal –, as brasileiras passaram ilesas, marcaram 160 gols e sofreram apenas 74. No confronto mais complicado até agora, impôs 34 a 19 no México. Do outro lado, as argentinas tiveram muito mais dificuldade e acumulam três vitórias e uma derrota para Cuba (27 a 25).

Do time campeão mundial em 2013, na Sérvia, apenas cinco jogadores não estão no Pan, entre elas a central Eduarda Amorim, a Duda, eleita a melhor jogadora do mundo na temporada 2014, que está machucada. Apesar da fragilidade das adversárias, o técnico dinamarquês que comanda o Brasil, Morten Soubak, está usando a competição para aumentar o entrosamento com foco no bi do Mundial, em dezembro, na Dinamarca.

MASCULINO

Entre os homens, o Brasil também está sobrando e caminhando a passos largos rumo à medalha de ouro. Ontem, na disputa da semifinal, o time foi bem e derrotou o Chile por 34 a 24.Com isso, fará a decisão amanhã, às 21h, diante da Argentina.

Diogo Hubner, da Metodista/São Bernardo e um dos centrais brasileiros, destacou o equilíbrio do duelo. “Este foi jogo duro, apesar do placar elástico. Eles jogaram bem fisicamente. O mais importante foi a vitória e a classificação para a final. Queremos conquistar o título que perdemos em Guadalajara (em 2011, contra a Argentina). O nosso pensamento é o ouro”, ressaltou Diogo, 32 anos.

Fabiana Murer refuga outra vez e consegue apenas a prata

Mais uma vez Fabiana Murer frustrou a expectativa do torcedor brasileiro e falhou em momento importante da carreira. Assim como ocorreu em 2011, no Pan de Guadalajara, a atleta da BM&FBovespa/São Caetano teve de se contentar com a medalha de prata, ontem, na disputa do salto com vara – fracassou também nas duas últimas edições da Olimpíada.

A prova disputada em Toronto foi de alto nível. Murer, que é bicampeã mundial, enfrentou a cubana Yarisley Silva, um dos grandes nomes da modalidade, de quem havia perdido também em Guadalajara. Apesar de ter igualado sua melhor marca do ano, com 4,80 m, a brasileira não ultrapassou o sarrafo a 4,85 m – distância que igualaria o maior salto de sua vida – e viu a concorrente brilhar, ultrapassar a marcar e ainda bater o recorde da competição.

Desta vez, Murer, 34 anos, culpou o cansaço pela derrota. “Tentei ao máximo, fiz o meu melhor, mas no fim faltou perna. Senti um pouquinho o cansaço e não consegui um bom salto. Mas fico contente com a minha marca”, comentou ela.

Desta forma, coube a Ronald Julião, também de São Caetano, no lançamento do disco, conquistar o melhor resultado do Brasil no dia. Ele foi prata, mas ficou apenas 15 centímetros do jamaicano Fedrick Dacres (64m80 contra 64m65), medalha de ouro. Por fim, no decatlo, Luiz de Araújo conquistou a medalha de bronze.




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