A participação na busca por soluções para problemas da sociedade é fundamental para a existência da espécie humana. Não é exagero. O problema é que a juventude enfrenta tantos desafios que, muitas vezes, não tem força para se mobilizar. Há 1,2 bilhão de adolescentes, entre 10 e 19 anos, no planeta. Nove em cada dez deles, que vivem em países em desenvolvimento, enfrentam graves desafios, segundo relatório do Unicef. Para se ter ideia, 70 milhões estão fora da escola.

Há ainda violência de todos os tipos, discriminação, desemprego, subemprego (em que se trabalha em condições precárias e ganha pouco), guerra, gravidez precoce, aquecimento global, drogas, Aids, citando apenas alguns problemas. E se você tem acesso a esporte, lazer e cultura, sinta-se privilegiado.

Existem ainda muitos outros fatores que desmotivam os jovens. Como expor ideias se parece que não tem ninguém para ouvi-las. "Mesmo que opine sobre algo, tem gente que não dá atenção pelo fato de sermos jovens. Muitos desistem porque não têm apoio. Para ser ouvido tem de ralar muito", diz Carlos Vinicius de Almeida.

O cenário parece o Apocalipse, mas tem esperança. Os jovens têm sido fundamentais no processo de reconstrução do Haiti, devastado pelo terremoto em janeiro de 2010. A atuação da galera começou já nas ações de resgate de vítimas. Hoje, os adolescentes divulgam informações sobre saúde à população, além de participar de discusões sobre as dificuldades e o futuro do país.