Apesar de prometer iniciar ontem obras de desassoreamento do Córrego Corumbé, a Prefeitura de Mauá não começou a executar a limpeza. A equipe do Diário percorreu a extensão do curso d'água, que corta o Jardim Zaíra, mas não encontrou equipes da Prefeitura. A administração havia prometido também reconstruir uma ponte que havia sido destruída pelas chuvas do mês passado.

Segundo moradores, a Prefeitura não remove o entulho do córrego há pelo menos cinco anos. As reclamações envolvendo o Corumbé foram intensificadas após a morte da aposentada Antônia Avelaneda Grande, 63 anos. Após transbordamento do córrego, a água invadiu a casa da aposentada, que faleceu após a queda de um muro sobre sua cabeça.

"Este córrego está muito cheio porque jogamos nele o voto que demos ao prefeito Oswaldo Dias (PT). Por isso que está inundando", protesta o pedreiro Elivaldo José de Lima, 46 anos.

Ele comenta que o córrego ficou mais raso ao longo do tempo. "Antes não dava para chegar ao fundo do rio. Hoje em dia é só pular, porque tem pouco mais de um metro de profundidade", acrescenta o morador.

A Prefeitura foi procurada para explicar o atraso, mas não se manifestou. Ontem, durante reunião no Consórcio Intermunicipal do Grande ABC, Oswaldo ignorou as perguntas dos jornalistas do Diário sobre a situação das famílias atingidas pelas chuvas na cidade. 

CONTENÇÃO
Em nota, a Prefeitura de Mauá informou que solicitou ao Daee (Departamento de Águas e Energia Elétrica), do governo estadual, a execução de obras de contenção no mesmo córrego. O departamento foi procurado para comentar o pedido, mas não respondeu até o fechamento desta edição.