Economia Titulo
Está cada vez mais
difícil alugar galpão
Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
04/04/2011 | 07:05
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Com o reaquecimento da economia e a chegada do Trecho Sul do Rodoanel, inaugurado há um ano, os condomínios industriais do Grande ABC estão todos lotados atualmente. A taxa de vacância zero contrasta com o índice médio de 5,6% de espaços vazios em empreendimentos desse tipo em todo o Estado, de acordo com estudo da consultoria CB Richard Ellis.

O levantamento aponta ainda que há, na região, 129 mil m² de instalações nesse conceito, em que, normalmente, as construtoras erguem (ou reformam) imóvel formado por vários galpões, para locação. Portaria única, que reforça o controle de entrada e saída e, ao mesmo tempo, reduz custos com segurança; e a possibilidade de os empresários ratearem gastos com restaurante, limpeza e outros serviços são alguns dos atrativos do formato.

A vacância zero da região não ocorre por acaso. Em contato com construtoras e imobiliárias, o Diário constatou que a procura por vagas pelos fabricantes e distribuidoras é alta.

Com isso, empresas do ramo estão desengavetando projetos, de olho nesse mercado promissor. Há pelo menos dois empreendimentos com obras prestes a começar ou iniciadas no Grande ABC, além de estudos para mais construções desse tipo.

É o caso da MBigucci, que investiu R$ 63 milhões em estrutura de 26 mil m² no bairro Piraporinha, em Diadema, em local próximo tanto de acesso à via Anchieta quanto à rodovia Imigrantes e a poucos minutos do trecho Sul do Rodoanel.

A construtora, tradicionalmente focada no mercado residencial, acaba de lançar um condomínio industrial, com entrega prevista para junho de 2012. Contará com 26 galpões modulares (há flexibilidade para a retirada de paredes, para a locação de mais de um espaço para a mesma empresa), pé direito de 12 metros e piso de alta resistência, que suporta 5 toneladas por metro quadrado.

Segundo o diretor Marcos Bigucci, há alguns anos foi comprado o terreno, de 37 mil m² e se planejava a entrada nesse segmento. Agora, a comercialização mal começou e há diversos interessados. "Uma multinacional nos procurou. Queria 20 mil m². Outro grupo quer 6.000 m² de área fabril mais 3.000 para escritórios. Estamos recebendo as propostas", afirmou.

O executivo adianta que já há planos para outro imóvel desse tipo em Santo André, para daqui dois ou três anos. A Retha Imóveis, que administra o condomínio Forjas, em Diadema - este totalmente ocupado - também já estuda ter mais um na região.

Além destas empresas, a construtora Racec Participações, dona da Acta Imigrantes (implantado em 2007 e também 100% locado), nesse último município, tem outro projeto em andamento, chamado Acta Casa Grande.

 

 




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