Setecidades Titulo Meio ambiente
Pesquisa registra 96 espécies de aves no campus da Fundação Santo André

Número corresponde a um terço dos pássaros existentes no município

Bianca Barbosa
Especial para o Diário
18/03/2018 | 07:00
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 O amor pelos pássaros fez o trabalho de conclusão de curso, dos alunos de Ciências Biológicas da FSA (Fundação Santo André), Miguel Malta Magro e David Amorim de Nonato, ser transformado em documento para o meio ambiente de Santo André. O estudo, feito em 2017, apontou a existência de 96 espécies de aves no campus do centro universitário, na Vila Principe de Gales. 

Os hoje biólogos catalogaram as espécies para mostrar a relevância da natureza para o centro urbano. Exemplo é que Santo André tem cerca de 330 espécies de aves, sendo que quase um terço deste número foi encontrado no campus da FSA. 

A maioria das aves foi identificada por avistamento, já algumas por vocalização – quando o som exato emitido pelo animal é reproduzido para atraí-lo. As aves estão sendo cada vez mais reconhecidas como bioindicadores ambientais. 

Por meio do estudo foi possível verificar a importância da área para aves migratórias e verificar a ocorrência de espécies raras. “Algumas encontradas foram a pariri e o gaturamo-rei, espécies de média sensibilidade ambiental e incomuns em áreas urbanas”, destaca Miguel.

Aves foram identificadas e catalogadas com a orientação do professor José Luis Laporta e do ex-aluno Marcelo Feliti. O monitoramento foi feito durante um ano. Uma vez por semana os pesquisadores passavam cerca de duas horas observando os pássaros pela manhã, horário em que os animais se alimentam e ficam em maior evidência. “Tivemos várias dificuldades, como o reconhecimento das espécies por meio das características externas ou somente pela vocalização da ave; além da paciência de ficar observando, da perseverança, do rigor do horário e do período de observação”, destaca o professor.

A beleza das aves e tranquilidade da natureza no campus são observadas pelos frequentadores. Luzane Cândida, 50 anos, é vigilante da FSA há oito anos. Ela passa 12 horas por dia no local, em contato direto com os animais. “Vira e mexe aparece pica-pau por aqui. Os outros eu não sei o nome, mas sempre fico admirando. Gosto muito de trabalhar pertinho da natureza”, comenta. 

Já para o estudante Diego Corrêa, 23, as árvores e o canto dos pássaros servem de refúgio. “A gente fica com a cabeça cheia dos estudos e vem para cá, deita nos bancos e fica olhando os pássaros. É quase uma terapia”, relata.

O trabalho já abriu portas para Miguel, que foi convidado a realizar pesquisa na área de mata de Paranapiacaba. O projeto ainda não saiu do papel, mas os monitoramentos em campo já estão sendo realizados mensalmente.




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