A Câmara de Santo André aprovou ontem por unanimidade a volta da Defesa Civil ao Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André). O prefeito Aidan Ravin (PTB) desvinculou o serviço da autarquia em março e, com a reforma administrativa que promoveu, alocou a Defesa junto à Pasta de Segurança. Na ocasião, a mudança recebeu críticas até da base de sustentação.

Para o líder de governo na Câmara, Marcelo Chehade (PSDB), Aidan cumpriu a promessa de desfazer a alteração, caso o serviço pudesse apresentar deficiências. "Como a estrutura da Pasta de Segurança é menor do que a do Semasa, prevenindo problemas, o prefeito enviou a mudança para votação", justificou o governista.

Tiago Nogueira, presidente do PT municipal, disse que o "retrocesso" demonstra que a reforma do prefeito não funcionou. "Já havíamos previsto que essa mudança daria problemas, tanto que deu. A qualidade da Defesa Civil caiu e agora o prefeito teve de voltar atrás e buscar essa alteração", avaliou o petista.

ADIAMENTOS - A sessão de ontem foi mais uma em que poucos projetos de relevância para a população foram votados. De uma pauta com 57 itens, apenas três passaram pelos parlamentares. O jogo de empurra promovido pelos vereadores vem ocorrendo desde a volta do recesso, em agosto. Para a sessão de terça-feira, a previsão é de que a ordem do dia conte com mais de 70 itens.

Em cada sessão há uma nova desculpa para os adiamentos. Inúmeras discussões tomam o lugar da aprovação de projetos que poderiam trazer benefícios a à população, representada pelos vereadores. Segundo Paulinho Serra (PSDB), 1º secretário da Casa, na próxima semana será promovida uma limpeza da pauta. "Vamos fazer um acordo para que os vereadores avaliem seus projetos e retirem aqueles que podem ser inconstitucionais ou tenham vício de iniciativa. Eles poderão fazer indicações e assim teremos uma pauta mais objetiva", explicou Serra.