Economia Titulo Sem crise
Consórcios crescem 12% no trimestre
Por Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
03/06/2009 | 07:00
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A crise financeira internacional não abalou o segmento de consórcios neste ano. De acordo com dados da Abac (Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios), o setor registrou crescimento de 12,1% nas vendas de novas cotas no primeiro trimestre frente a igual período de 2008.

Houve impulso em praticamente todas as áreas da modalidade. Em veículos, a modalidade teve expansão de 15%, em imóveis, houve alta de 3,2% e nos eletroeletrônicos, foi observada estabilidade.

O presidente-executivo da Abac, Paulo Roberto Rossi, atribuiu os resultados à percepção do sistema, pelo consumidor, como uma forma de "poupança carimbada", em que, após algum tempo, a pessoa usufrui do recurso guardado, pela aquisição de um bem.

O diretor da Caixa Consórcios, Antonio Limone, citou ainda que, na área imobiliária, todo o mercado continua aquecido. "O programa Minha Casa, Minha Vida é um estímulo para o financiamento. O consórcio vai a reboque, cresce junto", afirmou. A instituição, que é uma das líderes desse ramo, registrou alta de 23% nas vendas no primeiro trimestre.

Outra empresa do segmento, a Conshop, de Santo André, acompanhou a expansão do setor (12,1%). Para o gerente comercial, Celso Lourenço, dois fatores ajudaram. "O brasileiro está levando em conta o custo-benefício e também está se planejando mais", avaliou.

A modalidade tem uma vantagem em relação à compra financiada, já que não cobra juros, apenas taxa de administração e seguro. No entanto, o consorciado não pode ter pressa, já que pode receber o bem (se não for sorteado nem fizer o maior lance) só no fim do prazo do contrato.

A médica Daniela Cassalho não tem do que reclamar. Ela adquiriu uma cota de imóvel há dois meses, para pagar em cinco anos, e no mês passado foi contemplada. "Optei por um prazo curto e um grupo pequeno para ter mais chance de ser sorteada logo", afirmou.




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