Política Titulo Balanço de 2013
Dib fecha ano sem avanço na comissão da reforma política

Tucano integra a comissão que não conseguiu consenso para mudanças no sistema eleitoral

Por Rogério Santos
06/01/2014 | 07:26
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Orlando Filho/DGABC


Perto de iniciar seu último ano como deputado federal, o ex-prefeito de São Bernardo William Dib (PSDB) terminou 2013 sem conseguir visualizar avanços na comissão da reforma política, da qual é segundo vice-presidente. O tucano anunciou em outubro que não disputará a reeleição e pode encerrar a atuação na Câmara dos Deputados sem avanço num dos temas mais urgentes do Congresso. Procurado, ele não retornou às ligações.

Dib começou a trabalhar na comissão da reforma política em março de 2011. Desde então, tem mencionado que a falta de consenso em quatro pontos, travando o avanço da discussão. O impasse está na ausência de acordo sobre o fim das coligações proporcionais, financiamento público exclusivo de campanha, unificação do período dos mandatos do Executivo e Legislativo e a alteração do modelo do sistema eleitoral brasileiro.

Ao comentar o andamento dos trabalhos do grupo no ano passado, Dib disse que dificilmente o relatório final sobre as propostas de alterações na reforma política teria unidade.

Existe pequena expectativa de que o debate avance a tempo das mudanças serem aplicadas na eleição de outubro, mas dificilmente isso deve ocorrer, principalmente porque a classe política não aprovará medidas que possa prejudicá-la no pleito.

Em maio de 2012, Dib foi escolhido para integrar a comissão que visa dar o parecer ao projeto do Estatuto da Metrópole, de autoria do parlamentar Walter Feldman (PSB-SP). A comissão é presidida por Mario Mariani (PMDB-SC) e tem Zezéu Ribeiro (PT-BA) como relator.

Embora o Estatuto da Metrópole tenha sido aprovado pela Câmara Federal em dezembro do ano passado, a norma ainda precisa passar pelo crivo do Senado. Por isso foi criado bloco misto de trabalho.

Apresentado por Feldman em 2004, o texto aprovado prevê a criação de fundo federal de apoio às metrópoles, que ficará condicionado à existência de gestão unificada entre Estados e municípios envolvidos, chamada de governança interfederativa.




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