Enquanto ainda espera ter uma conversa definitiva em busca de uma candidatura única do PT de Mauá para deputado federal, o vice-prefeito Hélcio Silva, acha justo o desejo do secretário de Serviços Urbanos, Rogério Santana, ocupar seu posto, mas que isso não depende dele. O petista classifica como “precoce” discutir composições eleitorais para 2016 e lembra do cenário repentino que o levou a compor chapa com Donisete Braga há um ano.

Hélcio almeja a terceira candidatura a deputado federal em 2014, a exemplo das tentativas de 1998 e 2010. Desta vez, porém, o fato de ser vice-prefeito e primeiro suplente do PT à Câmara dos Deputados o coloca em um patamar mais favorável para obter êxito no pleito a seguir. Contudo, Rogério também é pré-candidato ao cargo eletivo, mas ele se retiraria do caminho se o próprio Hélcio garantir apoio para preencher seu espaço daqui a três anos.

“Vejo como natural essa posição, pois, na condição de hoje, se assumir como deputado, eu renunciarei o posto de vice-prefeito. Mas acho que essa questão de vice vai se dar ao longo do processo (para 2016). Não é porque sou vice que vou indicar alguém”, analisa.

Para justificar o posicionamento, Hélcio recorre à própria biografia, lembrando das articulações encabeçadas por Rogério e o secretário de Mobilidade Urbana, Paulo Eugenio Pereira Júnior (PT), que tiraram o ex-prefeito Oswaldo Dias (PT) do páreo por um quarto mandato para lançar Donisete, então deputado estadual, há um ano.

Na ocasião, Oswaldo não deixou a virada de mesa barata e alçou Hélcio para ser candidato a vice-prefeito com Donisete, desbancando Paulo Eugenio, então detentor da vaga na gestão anterior.

Hélcio e Rogério estão em pleno acordo sobre um aspecto: não dá mais para alongar essa indefinição de quem sai candidato. “Quanto mais rápido, melhor. As outras pré-candidaturas estão se organizado”, justifica.

Sobre a sugestão de Rogério de conversar com Oswaldo para o vereador José Luiz Cassimiro retirar a pré-candidatura a deputado estadual e facilitar a vida de Paulo Eugenio rumo à Assembleia Legislativa, Hélcio responde que não depende dele. “Acho que aí vai do esforço dos pré-candidatos a deputado estadual. É preciso haver uma aproximação do Paulo Eugenio e Cassimiro”, pondera.