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Parada gay espera receber 2 milhões de pessoas
Por Danilo Angrimani
Do Diário do Grande ABC
24/05/2005 | 08:13
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Os organizadores da Parada do Orgulho GLBT (Gays, Lésbicas, Bissexuais e Transgêneros) de São Paulo esperam 2 milhões de pessoas para o desfile que acontece no próximo domingo a partir das 11h e que deve trazer uma arrecadação para a cidade de R$ 146 milhões, entre hospedagem, gastos em restaurantes, transportes e diversões noturnas.

O Grande ABC estará representado pela primeira vez no evento. Em meio aos 20 carros que passarão pela avenida Paulista, um deles será o trio elétrico ABCDS-Santo André, que lançará a campanha "Quem financia a baixaria é contra a cidadania". No trio, a presença da vereadora Heleni de Paiva (PT), representantes da Faculdade da Bruxa e diretores da ONG (Organização Não Governamental) ABCDS (Ação Brotar pela Cidadania e Diversidade Sexual). "Esperamos a presença de 50 mil gays e simpatizantes do Grande ABC", avalia Marcelo Gouveia Gil, presidente da ONG ABCDS.

No ano passado, a Parada reuniu 1,5 milhão de pessoas. Não houve uma única ocorrência policial. O diretor da Associação da Parada GLBT, Eduardo de Carvalho, diz que os participantes vão para a Parada se divertir e conhecer a "maior capital gay da América Latina, que é São Paulo".

Quatrocentos mil turistas são esperados. O evento supera a realização da Fórmula 1, que traz 35 mil turistas para a cidade. Os participantes da Parada virão de todas as partes do país para reivindicar "Parceria Civil Já! Direitos Iguais: nem mais, nem menos". A Parada já é o maior acontecimento de rua da capital e o maior do gênero da América Latina.

Durante a entrevista coletiva realizada nesta segunda-feira, para apresentação da Parada, Carvalho criticou a ex-prefeita Marta Suplicy. "A atual administração (José Serra) tem enxergado a Parada com muito mais profissionalismo e nos apoiado firmemente." Carvalho disse que houve uma mudança "para melhor".

Paralelos - Além do desfile de domingo, que sai da avenida Paulista, em frente ao número 900, às 14h30, ocorre uma série de eventos paralelos (veja programação nesta página). Este ano haverá apresentação de coral, ciclo de debates, os tradicionais Gay Day em um parque temático e a Feira Cultural no largo do Arouche.

Na quinta-feira, acontece a festa oficial da Parada na casa noturna Tom Brasil, com apresentação dos cantores Sidney Magal, Gretchen e Rosana no show organizado pela Trash 80's.

Os veteranos ídolos das décadas 1970 e 80 vão relembrar sucessos antigos como Sandra Rosa Madalena, O Meu Sangue Ferve por Você, Melô do Piripiri e Vício Fatal. A dupla Massita e Uras mostra show com hits dos anos 80. A crossdresser Silvete Montila apresenta o Drag Show. O ingresso mais barato custa R$ 40 e o mais caro, R$ 70.

Na entrevista coletiva, Magal não deu certeza de que comparecerá à Parada. Já Gretchen garantiu sua participação, "com muito brilho" e uma fantasia "surprise". Magal disse que, se for, irá vestido com um terno cor-de-rosa. "Não existe nada mais gay que o rosa."

Magal comentou uma declaração sua recente, que virou polêmica, por ter dito que sentia tesão pelo ator Reynaldo Giannechini. "Parece que o ser humano anda para trás. Para mim é muito normal sentir tesão por pessoas do mesmo sexo. E o Giannechini é um cara gostoso, cheiroso. Preconceito para mim nunca existiu."




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