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Síndrome Metabólica

A Síndrome Metabólica é um transtorno caracterizado por um conjunto de fatores de risco cardiovasculares, relacionados com resistência à insulina

Leo Kahn
09/07/2009 | 00:00
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A Síndrome Metabólica é um transtorno caracterizado por um conjunto de fatores de risco cardiovasculares, relacionados com resistência à insulina e obesidade abdominal, aumentando a mortalidade geral em cerca de duas vezes e a cardiovascular em três vezes.
Nos Estados Unidos, os pesquisadores dos Centros para Controle e Prevenção de Doença relataram que 7 milhões de norte-americanos apresentaram síndrome metabólica, ou seja, estima-se que 2% da população adulta seja portadora; de 50 a 60% dos norte-americanos com mais de cinquenta anos também fazem parte dessa preocupante população de alto risco cardiovascular, com maior prevalência entre os africanos, hispânicos e asiáticos.
No Brasil, o Estudo do Rio de Janeiro, iniciado em 1983, avaliou a pressão arterial em cerca de 7.000 jovens e seus familiares, analisando seus fatores de risco cardiovascular. Os resultados mostraram relação direta entre a pressão arterial e o peso corporal dos jovens e seus familiares.
Diversos estudos demonstraram que um acúmulo predominante de células gordurosas na região abdominal leva a aumento de risco de doença cardiovascular e morte prematura; as alterações metabólicas associadas com obesidade abdominal incluem as dislipidemias, resistência à insulina, diabetes de tipo 2 (diabetes do adulto), síndrome metabólica, inflamações e trombose.
Nos últimos anos, tornou-se cada vez mais claro que a distribuição de gordura é importante quando se considerar os riscos de obesidade. Foi sugerido na década de 190 que o risco cardiovascular e metabólico está mais intimamente relacionado com a obesidade androide (obesidade abdominal ou corpo em forma de maçã) do que com a obesidade ginoide (obesidade corporal mais baixa ou corpo em forma de pêra).
Simultaneamente, surgiram novos dados com relação ao vínculo entre o risco cardiovascular e a obesidade abdominal, especialmente o significado de gordura intra-abdominal (aquela que fica armazenada dentro da cavidade abdominal, ao redor dos principais órgãos) como um importante fator de risco para doenças cardiovasculares. A obesidade abdominal pode simplesmente ser medida pela circunferência da cintura, mas podem ser ainda usados métodos de imagem como a tomografia computadorizada ou a ressonância magnética por imagem.

SAIBA MAIS:
A síndrome é mais comum nos homens, que em geral têm maior tendência a acumular gordurinhas na barriga.
Cinco características principais estão relacionadas à Síndrome Metabólica. Apresentando três ou mais dos fatores de risco, está caracterizado o transtorno. São eles: obesidade abdominal (circunferência da cintura maior do que 102 centímetros nos homens e 88 centímetros nas mulheres); triglicérides maior ou igual a 150 mg/dl; índices baixos de HDL (menor do que 0 mg/dl nos homens e menor do que 50 mg/dl nas mulheres); pressão arterial maior ou igual a 13 (a máxima) e 8,5 a mínima; glicemia de jejum maior ou igual a 100 mg/dl.
Outro indicador também pode ser o IMC (Índice de Massa Corporal), que não deve ser maior do que 30. O IMC é calculado quando dividimos o peso pela altura vezes altura.
A alimentação deve ser acompanhada de exercícios para preservar a massa muscular e acelerar a perda de gordura.
A atividade física ajuda na perda de peso dos pacientes com a Síndrome Metabólica, além de reduzir o risco de doenças cardiovasculares, melhorar a sensibilidade à insulina e controlar a pressão arterial. O ideal é fazer 30 minutos diários de exercícios moderados.
Com exercícios físicos também há redução da pressão arterial e nos níveis de triglicérides, bem como aumento do HDL.
Em pacientes com a síndrome, a dieta deve priorizar carboidratos e fibras, reduzir o sódio (sal) e a ingestão de colesterol. A gordura total não deve exceder 30% do valor calórico total diário.
Uma redução na circunferência da cintura de nove centímetros equivale a redução de 30% na adiposidade intra-abdominal prejudicial.
Os pacientes com Síndrome Metabólica têm pelo menos um risco duas vezes maior de doença cardiovascular em comparação às pessoas livres do problema.
O risco de diabetes está também aumentado em aproximadamente cinco vezes pela Síndrome Metabólica, tanto em homens como em mulheres.
Os especialistas indicados para o diagnóstico e tratamento da Síndrome Metabólica devem ser o cardiologista, o endocrinologista, nutricionista e se possível o professor de educação física, formando assim uma equipe multidisciplinar.




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