O vereador Ricardo Alvarez (PT) afirma que a arrecadação excessiva. “Como a arrecadação aumenta ano a ano, isso significa que a campanha educativa aos motoristas não estão surtindo efeito na cidade. O trabalho preventivo vem falhando”, disse o petista.
Ele afirmou que o secretário de Serviços Municipais da Prefeitura, Klinger Luiz de Oliveira Sousa, disse que a tendência das multas era cair. “Não houve queda e os valores serão se mantendo altos”, afirmou Alvarez.
A assessoria de imprensa da Prefeitura não conseguiu localizar Klinger para que ele comentasse o assunto.
O líder do PTB, vereador Luiz Zacarias, acha que a administração quer aumentar a arrecadação com multas para realizar mais obras na cidade. “A Prefeitura só pensa em multar os motoristas. Na minha opinião, o governo quer desviar o dinheiro das multas para fazer obras em vez de aplicar no trânsito”, disse o petebista.
Aumento – No ano passado, as multas também bateram recordes de arrecadação se comparadas com os anos anteriores. A Prefeitura arrecadou quase três vezes mais do que o previsto – R$ 41,3 milhões. A previsão inicial era de que as multas gerassem R$ 14,2 milhões. Uma diferença de mais de R$ 27 milhões.
Em relação a 1999, a receita com as infrações de trânsito teve crescimento de 117%. Naquele ano foram arrecadados R$ 19 milhões com multas. A arrecadação com infrações de trânsito no ano passado corresponde a 10,72% do total arrecadado no município.
A instalação de radares de velocidade foi a grande responsável pelo aumento da receita nos últimos anos. Os radares eletrônicos começaram a ser instalados em fevereiro de 1998. Naquele ano, quando ainda não refletiam na arrecadação com infrações de trânsito, a receita com o recurso foi de R$ 1,8 milhão.
Já em 1999, quando os veículos multados pelos radares foram licenciados e as multas pagas, a arrecadação com infrações subiu para R$ 19 milhões, o que representou 5,83% do total auferido no município.
Até 1997, as multas eram atribuição apenas das autoridades competentes do governo do Estado. Com a aprovação do Código Trânsito Brasileiro, a responsabilidade passou a ser dos municípios. Até então, as multas eram aplicadas apenas manualmente. Foi a partir daí que começou a fiscalização eletrônica e o aumento da receita.
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