As cadernetas de poupança encerraram abril com saldo negativo, Segundo a Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança), os saques superaram os depósitos em cerca de R$ 2 bilhões, revertendo a tendência positiva observada desde fevereiro de 2007.

Para da Abecip, esse comportamento foi atípico. As expectativas são de retomada da captação de recursos via poupança, que financia as operações do SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo).

No primeiro trimestre foram lançados 53 empreendimentos, segundo dados da Embraesp (Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio). Ao longo do ano, os bancos privados têm para emprestar R$ 7 bilhões, sem contar os R$ 11 bilhões que devem ser disponibilizados pela CEF (Caixa Econômica Federal).

Os bancos estão abarrotados da recursos e as taxas de juros estão decrescentes - são as menores dos últimos 20 anos. Para especialistas, estimulados pelo prazo, juros e oferta de bancos e construtoras, devem crescer os negócios de imóveis novos, especialmente para edifícios residenciais destinados à classe média, avaliados em até R$ 150 mil.

Essa efervescência é típica de São Paulo, onde 60 imóveis novos são vendidos todos os dias, segundo o Secovi-SP (Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais e Comerciais de São Paulo). O maior mercado imobiliário do País emprega 530 mil pessoas na capital paulista - entre 30% e 40% da construção civil no Estado.