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O desejo de mudança costuma ser um sentimento coletivo no início de cada ano.

Janeiro e as mudanças

Por Cristina Baddini
23/01/2009 | 00:00
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O desejo de mudança costuma ser um sentimento coletivo no início de cada ano. Anseios por um lado e medos por outro. O medo da velocidade, do álcool, do efeito estufa, da globalização que impulsiona as pessoas a possuir coisas sem pensar.

No entanto, a época é de oportunidades e este é o momento de transição em que a humanidade pode mudar o patamar de toda a civilização. É preocupante o crescimento acelerado do transporte individual. Apoiado pelas políticas fiscais (isenções tributárias), energética (preço dos combustíveis) e financeira (acesso ao crédito) a indústria automobilística e de motocicletas atingiu recordes sucessivos de produção e venda, sem que as cidades tenham condições de receber essa frota.

Os impactos negativos dessas políticas são transferidos para toda a sociedade na forma de poluição, congestionamentos, acidentes e consumo de energia. A estagnação no crescimento da economia mundial que está ocorrendo é o momento propício para um rearranjo de políticas governamentais, visando corrigir a enxurrada de erros e omissões dos vários agentes econômicos públicos e privados.

Os novos governos
Os novos governos devem implementar medidas de gestão da demanda com objetivo de desestimular o uso do transporte individual. Em 2002, o projeto do carro elétrico foi abandonado porque o petróleo estava muito barato.

Hoje a consciência ambiental tornou esta alternativa de combustível urgente e agora chegam ao Brasil os Smart para apenas duas pessoas.


City Car
O grupo de trabalho Smart Cities, pesquisadores do MIT (Massachusetts Institute of Technology), dos Estados Unidos, com o patrocínio da General Motors, desenvolveu um veículo para resolver em grande parte a questão do trânsito caótico das grandes cidades.

O City Car é um veículo elétrico de dois lugares que teria uso compartilhado entre seus usuários; o conceito é um antigo sonho de urbanistas. A engenharia do carrinho foi criada ao redor de uma roda omnidirecional robótica integrada ao motor o que diminuiu sensivelmente o espaço ocupado pelo mecanismo e tornou o design do veículo inovador, além de conferir grande capacidade de manobra.

Nas grandes cidades, com fluxo intenso e dificuldade de estacionamento, ele poderia simplesmente ser encaixado a até seis outros veículos iguais. Seis deles ocupam o mesmo espaço de um carro convencional. O City Car pode ser deixado em estações de metrô, por exemplo.

Segurança no trânsito
O período imediatamente posterior à vigência do Código de Trânsito Brasileiro correspondeu a uma notável redução de acidentes, que não se manteve no mesmo ritmo. O saldo no Grande ABC foi bastante positivo onde as ações de fiscalização foram acompanhadas de outras, de engenharia, operação e educação.

No entanto, alguns locais continuam com acidentes e mortes exigindo dos órgãos responsáveis o cumprimento de suas obrigações legais. É o caso da Avenida Pedro Américo, em Santo André, que vem sofrendo com a alta velocidade dos carros e caminhões, que já não deixam os moradores tranquilos em relação a acidentes fatais.

A promoção de projetos de moderação do tráfego motorizado, visando garantir maior segurança e qualidade de vida em áreas de caráter residencial ou de grande circulação de pedestres se mostra fundamental, urgente e necessária. Quantas pessoas a mais precisam morrer?




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