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Farmácia popular limita venda
Marco Borba
Do Diário do Grande ABC
11/02/2006 | 08:12
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A venda de medicamentos na Farmácia Popular de Santo André está sendo limitada à quantidade equivalente a um mês de uso. A medida é para evitar o comércio ilegal, ou seja, que uma pessoa repasse a receita para outra ou compre em grandes quantidades – os remédios chegam a ser até 90% mais baratos – e revenda para donos de farmácias e drogarias particulares.

Conforme explicou o gerente da Farmácia Popular, Júlio César Castardo, 50 anos, todas as receitas são criteriosamente analisadas antes que o consumidor seja encaminhado ao balcão de vendas. "Após a venda, carimbamos a receita para evitar que a pessoa volte na semana seguinte e compre outra quantidade. Se fizer, vamos desconfiar porque é impossível consumir em uma semana o que adquiriu para um mês."

Segundo Castardo, como os medicamentos comercializados na Farmácia Popular são classificados como de uso essencial – diabetes, hipertensão e colesterol –, não é exigido documento de identificação do consumidor. O estoque da farmácia é reposto toda segunda-feira pela Fiocruz. A lista contém 107 produtos.

Inaugurada quinta-feira, a unidade (rua Coronel Seabra, 321, Vila Marina) resolveu antecipar um dia as vendas, previstas para começarem sexta-feira. "Muitas pessoas viram a reportagem do Diário e, mesmo com a informação de que abertura seria somente hoje (sexta-feira) correram para cá. É por causa do baixo custo dos medicamentos. Passaram por aqui 300 pessoas", disse Castardo.

Sexta-feira, a movimentação também foi intensa. "Não via a hora de inaugurar. É o que faltava na região. Aqui o Sinvastatina (para redução de colesterol) custa R$ 0,38 cada comprimido. Na farmácia de manipulação onde eu encomendava custa R$ 26 a caixa com 30 comprimidos (0,86 a unidade). É uma boa economia", avaliou o aposentado Aílton Martins, 54 anos, morador de Vila Progresso.

Já a dona-de-casa Maria Aparecida de Jesus, 55, de Vila Guarani, não teve a mesma sorte. Ela não encontrou o Nisulide receitado ao marido, que está com dores na coluna. "A iniciativa é boa, mas devia ter todo tipo de medicamento." "Não vendemos mesmo medicamentos para casos específicos, apenas os mais populares, os chamados essenciais", reforçou Castardo.

A Farmácia Popular resulta de uma parceria entre a Prefeitura e o Ministério da Saúde. Em Ribeirão Pires será inaugurada uma unidade no próximo dia 18 (avenida Santo André, 238). Mauá deve receber duas ainda este ano. A primeira aberta na região funciona há dois meses, em Diadema.

Os dias e horários de funcionamento das farmácias populares são padronizados em todos os municípios – de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h, e aos sábados das 8h ao meio-dia.




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