Diarinho Titulo Dança
Vida de bailarina
Tauana Marin
Diário do Grande ABC
26/11/2017 | 07:00
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A andreense Camila de Souza Marques despertou para a dança aos três anos. Ela via a irmã fazendo balé e rodopiava pelo Clube Atlético Aramaçan. Hoje, aos 10 anos (e estudando a arte há sete), celebra etapa especial como aluna da Escola de Dança de São Paulo, vinculada ao Theatro Municipal da Capital, uma das mais disputadas do País.

Camila passou por testes e deve se formar na instituição após nove temporadas com o título de bailarina profissional internacional. Ela se aprimora ao manter as atividades no clube de Santo André. “Foi lá que tudo começou. Tenho carinho imenso pelos amigos e professoras.”

Seu talento será apresentado na região nos dias 1º (às 20h) e 2 (às 16h), com Camila – e sua mãe – fazendo parte do elenco do espetáculo Alice no País das Maravilhas, no Teatro Municipal de Santo André.

Quando descobriu que queria fazer aulas de balé?

Aos três anos. Ia ao clube para ver minha irmã mais velha fazer as aulas e quis fazer. Com sete anos, a professora de balé falou para minha mãe que eu tinha muito jeito para a modalidade. Percebi que fazer balé não era apenas brincadeira, era algo que eu queria realmente. Sempre quis fazer os movimentos com perfeição, exatamente como minha prô fazia.

E quando percebeu que o balé iria além das aulas?

Minha primeira audição para entrar em uma escola de balé foi em setembro do ano passado, quando me inscrevi para a Escola do Teatro Bolshoi (extensão brasileira ligada ao prestigiado centro de dança russo). Não passei nessa primeira tentativa, mas recebi o apoio da minha família e da professora do clube que pediu para que eu não desanimasse. Foi ela quem me disse para ficar atenta à demais inscrições porque acreditava no meu potencial. Em dezembro participei de outra seleção, para entrar para a Escola de Dança de São Paulo (vinculada ao Theatro Municipal de São Paulo) e, desta vez, passei.

Como está sendo a experiência na nova instituição?

Esse ano foi muito legal e faço as aulas em São Paulo às terças, quintas e sextas-ferias, das 8h às 11h30. Neste primeiro momento aprendi muito, principalmente quanto à preparação. Ficamos uns 45 minutos apenas alongando. Para o ano que vem, serão (aulas) todos os dias, das 7h30 às 11h30. Mas, como eu gosto, estou preparada.

Teve que deixar as atividades em Santo André?

Mesmo fazendo a escola lá em São Paulo, consegui continuar minhas aulas no Aramaçan, às terças e quintas, mas de noite. Comecei lá, tenho muitos amigos e adoro as professoras. Foram inspiradoras e incentivadoras.

Como tem feito para lidar com o balé, outras aulas e o restante do tempo?

Vou à escola (regular) de tarde. De segunda e quarta-feria não faço atividade extra e descanso meu corpo. Nos momentos livres e de fim de semana gosto de passear com meu cachorro, com a família, vou à piscina e jogo ping-pong.

O que pensa para o futuro?

Quero ser bailarina e ir dançar em outros países. Posso ter até outra profissão, mas sei que vou ser bailarina.

Quais os cuidados que você tem com o corpo para fazer balé?

Dançar exige atenção. Preciso me alimentar bem. Faço acompanhamento médico, tomo vitaminas e sempre escolho frutas, sucos e saladas. Mas não é esforço nenhum, porque sempre gostei de comer assim. É preciso fortalecer os ossos e ganhar músculos saudáveis. Somos dançarinas e atletas. Precisamos ter elasticidade.

Qual estilo mais gosta?

Dá para dançar músicas brasileiras e contemporâneas, mas meu estilo preferido é clássico.

O que é mais importante na hora da apresentação?

Tudo é importante: a dança, a música e a roupa. O conjunto chama a atenção.




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