Embora já tenha terminado o seu segundo mandato há quatro meses, o ex-prefeito de Diadema José de Filippi Júnior (PT) não consegue ficar distante da agenda oficial, encabeçada por seu afilhado político e sucessor, Mário Reali.

Ontem, durante inauguração - seguida por coletiva dos 100 dias do novo governo - da UBS da Vila Nova Conquista, no bairro Piraporinha, Filippi não escapou das garras dos jornalistas.

Acuado pela quantidade de profissionais que o abordavam, o ex-prefeito foi literalmente empurrado para dentro de um consultório. E enquanto dissertava sobre a qualidade estrutural do prédio - Filippi é engenheiro civil -, o ex-prefeito deparou-se com um estetoscópio sobre a maca. Questionado se gostaria de usá-lo, respondeu ironicamente: "Talvez use se eu me candidatar novamente a prefeito", referindo-se à campanha do candidato derrotado José Augusto da Silva Ramos (PSDB) à Prefeitura, no ano passado. Para, em seguida, reavaliar: "Melhor não usar. Isso dá um azar danado".

Bastidores

Sem compromisso

Aliás, além de José de Filippi Júnior (PT), o prefeito Mário Reali estava cercado por outros colaboradores. Enquanto, em horário de expediente, a Prefeitura era conduzida pelo segundo escalão, o secretariado em peso participava da inauguração do UBS, que teve até direito a bolo. Imagine se a cidade não passasse por dificuldades...

Ausência

Estranha mesmo foi a ausência do vice-prefeito Gilson Menezes (PSC) durante a coletiva de Mário Reali. Embora ele estivesse na UBS - ele participou da inauguração -, não estava presente no momento do balanço. Em seu lugar foram chamados Antonio Fidelis (chefe de gabinete) e Osvaldo Misso (atual secretário de Saúde e futuro coordenador das obras do PAC na cidade).

De olho na disputa

Estimulado pela escassez de pretensos concorrentes, um grupo de aliados de Hélio de Oliveira Santos (PDT) já articula nos bastidores o fortalecimento do nome do prefeito de Campinas à corrida pelo comando do Palácio dos Bandeirantes. Nas últimas semanas, o próprio pedetista tem mantido contato com prefeitos, ministros e deputados federais se colocando como um possível pleiteante ao governo do Estado na tentativa de viabilizar-se à legenda. Em recente entrevista a um jornal local, Hélio admitiu que poderia ser candidato a governador, mas só depois que encerrasse o seu segundo mandato de prefeito. O pedetista, no entanto, tem se empenhado pessoalmente na costura para adquirir musculatura política já com vistas à sucessão de José Serra (PSDB), em 2010.

Novo integrante

Depois de exercer cargos nas últimas duas administrações de Mauá, Amaury Fioravante Júnior - filho do ex-prefeito (1989-1992) - foi nomeado como secretário de Desenvolvimento Econômico da cidade na atual gestão do petista Oswaldo Dias. Em 2005, ele foi diretor de Suprimentos da Prefeitura, durante o mandato provisório de Diniz Lopes e, em 2007, desempenhou a função de assessor financeiro da administração Leonel Damo.