Mauá gasta cerca de R$ 1,5 mil por dia para retirar o entulho jogado em áreas irregulares da cidade. Para diminuir os gastos, a Prefeitura promete, agora, aumentar a fiscalização, apreender caminhões e multar responsáveis.

Segundo o secretário de Serviços Urbanos da cidade, Paulo Roberto de Sousa, o custo diário acaba fazendo com que outras melhorias na cidade tenham que esperar. “O dinheiro que a gente poderia utilizar para obras que melhorariam a vida do cidadão acaba indo para retirar entulho”, admite. Por dia, a prefeitura costuma carregar 20 caminhões de entulho.

O chefe da fiscalização da Secretaria de Serviços Urbanos, Júlio Massarão, acredita que o melhor remédio para combater o problema é a educação do povo. “O morador ao invés de pagar a taxa e jogar o entulho de sua obra em lugares próprios, acaba pagando para alguém com uma carroça ou carrinho-de-mão, daí eles jogam em qualquer lugar”, explica.

Segundo Massarão, a fiscalização é difícil porque o infrator tem de ser pego em flagrante. “Geralmente eles esperam a madrugada”, conta. Um dos pontos utilizados para a desova de entulho é a rua Ivan Bernardo da Silva, no Parque das Américas. “Nessa área o povo já viciou em jogar entulho”, afirma Massarão.

Outro problema acontece quando empresas que despejam suas caçambas cheias de entulho nessas áreas para não pagar ao aterro sanitário da cidade. “Vamos fiscalizar e autuar essas empresas”, garante Massarão.

A primeira medida da Prefeitura será pedir o apoio da Policia Militar Ambiental para coibir os sujões. Segundo a secretaria, os infratores também serão enquadrados em crime ambiental, que prevê penas mais severas, como prisão e multas altíssimas.

Hoje, a multa para quem for pego jogando entulho nas ruas de Mauá é de 100 FMPs (Fator Monetário Padrão) para cada metro cúbico. Uma caçamba utilizada para recolher entulho tem a capacidade de 6m³, por exemplo. O valor de uma FMP na cidade é de R$ 2,07.