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Desfile da Vila Vivaldi anima S.Bernardo
Por Kelly Zucatelli e Vanessa Fajardo
Do Diário
24/02/2009 | 07:00
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Ao reestrear no Grupo Especial, a Acadêmicos da Vila Vivaldi tem tudo para permanecer na elite do Carnaval de São Bernardo. Ela foi a segunda agremiação a desfilar na noite de ontem, e trouxe a Bahia para a Avenida Aldino Pinotti com uma apresentação contagiante. A Tradição da Vila abriu a festa com apenas 15 minutos de atraso, às 19h15, e mesmo com as arquibancadas vazias também animou.

Com 550 componentes, a Vila Vivaldi apresentou o enredo Salvador, 500 Anos de um Caso de Amor. Os principais símbolos e pontos turísticos da Bahia foram lembrados no desfile. Um dos destaques foi o carro abre-alas que trouxe uma caravela portuguesa com o nome da agremiação na vela.

A Tradição, que garantiu o acesso ao Grupo Especial no ano passado, homenageou a lua. O último carro alegórico simbolizou a lua-de-mel e trouxe passistas ao redor de uma casa com um casal que vestia roupas íntimas e jogava preservativos para a plateia.

Após o fechamento desta edição, ainda desfilariam Renascente de São Bernardo, União das Vilas, Mocidade Alegre de São Leopoldo (atual campeã), Estação Primeira deBaeta Neves, 3ª Idade Brilha São Bernardo e Rosas Negras.

No desfile do Grupo 2, iniciado na noite de anteontem, Império do Jardim Lavínia e Gaviões do Morro foram as escolas que mais empolgaram o público. As duas apresentações foram marcadas pela disciplina e criatividade.

A Império entrou na avenida, às 23h15, com o vice-prefeito de São Bernardo, Frank Aguiar, como destaque do último carro. A agremiação homenageou o músico com o enredo Nasci no Nordeste, Sou Cabra da Peste e Vim Para Brilhar. A sincronia da bateria foi um dos pontos fortes do desfile. Junto a eles, além da musa, rainha, princesa e miss simpatia, havia a corte gay composta por travestis, que mostraram ginga e samba no pé.

Com samba-enredo Sou Folião, Sou Alegria, Sou Carnaval, a Gaviões do Morro abusou das cores no desfile. Um dos destaques foi o casal de mestre-sala e porta-bandeira Daiana e Nenê, fantasiados de pierrô e colombina. A ala das crianças vestidas de palhaço surpreendeu com charme e desenvoltura.

Com 73 integrantes na bateria, a Camisa Vermelha e Branca tocou um samba afinado e homogêneo. Vestidos de orientais, os jovens entraram às 2h e conseguiram agitar a plateia, que se levantou para cantar o enredo Imigrantes, a Cara do Brasil.

As esculturas de sambistas boêmios do carro abre-alas foram os destaques da Vila Rosa, que homenageou o samba com o enredo Vim de uma Terra Distante Por Onde Passo Deixo Alegria, Canto, Danço e Encanto, Meu Nome é Samba. Última escola a entrar na avenida, por volta das 3h, a agremiação não desanimou, mas não contou com o calor do público: nessa hora, as arquibancadas estavam praticamente vazias.

O desfile mais fraco da noite foi da Acadêmicos de Vila Baeta Neves, que abriu a festa ao abordar a história do Sindicato dos Metalúrgicos.

A apuração do Carnaval de São Bernardo será na quinta-feira (26), no ginásio Poliesportivo.

Destaques - Integrantes da pleiteante Oásis estavam revoltados com o presidente da escola Idalmo Brandão, que não apareceu na avenida e impediu que a agremiação desfilasse. Os foliões diziam que era melhor que ele nem aparecesse por lá. Agora eles querem o presidente fora.

- O prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), não apareceu na avenida. Em compensação, o vice, Frank Aguiar (PTB), fez o papel de anfitrião. Depois de desfilar pela Tom Maior, na Capital, anteontem, ele participou do desfile da Jardim Lavínia e não arredou o pé da Aldino Pinotti até o fim da festa.

- As passistas que desfilaram pela passarela de São Bernardo não conseguiram chamar mais atenção da plateia do que o gari José Guilherme Caetano. Entre uma vassourada e outra, ele mostrava que tinha samba no pé e o público delirava. Os colegas de trabalho de Caetano é que não gostavam muito da ideia, pois tinham que fazer o trabalho dele.

- Os cadeirantes que estiveram na avenida para assistir aos desfiles não passaram apertado em busca de um lugar para se acomodar. A Prefeitura reservou uma área com acessibilidade para atendê-los.

- Apesar de não estarem fantasiados, muitos dos rapazes que empurravam os carros alegóricos se arriscavam a fazer coreografias durante o desfile para atrair as atenções.




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