Política Titulo Rio Grande da Serra
Ramon reclama de Claudinho e Maranhão: ‘Debatam futuro’

Criticado pelo tucano e pelo petista, ex-prefeito faz ressalva de momento turbulento de sua gestão

Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
28/06/2016 | 07:00
Compartilhar notícia


Criticado pelo prefeito de Rio Grande da Serra, Gabriel Maranhão (PSDB), e encostado pelo correligionário Claudinho da Geladeira, pré-candidato do PT à Prefeitura local, o ex-prefeito Ramon Velásquez (PT) pediu para que os dois principais nomes na corrida eleitoral debatam o futuro em vez de se apegarem a aspectos políticos do passado.

Comparado a Celso Pitta (contestado ex-prefeito de São Paulo e afilhado político de Paulo Maluf) por Claudinho, Maranhão propôs comparação de governos, dele e de seu padrinho político Adler Kiko Teixeira (PSB), com a gestão de Ramon, pelo PT, entre 2000 e 2004.

“Proponho aos candidatos que debatam o futuro, de como será o papel da cidade diante de uma de suas riquezas naturais, a água, que brota em centenas de milhares de nascentes. Vamos desperdiçar e deixar passar essa oportunidade de atrair mais recursos para a cidade? Quais os planos e ações para uma Rio Grande a longo prazo, para daqui há dez, 20 ou 30 anos? Olhar para o passado e fazer comparações que não caibam mais a população já não aceita”, contestou Ramon.

O ex-prefeito lembrou o turbulento período político no qual assumiu a Prefeitura. Em 1997, o então prefeito Cido Franco morreu vítima de enfarte. Vice na época, José Carlos Arruda assumiu o Paço, mas foi assassinado. O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) convocou nova eleição, vencida por Danilo Franco, filho de Cido. Meses depois, a Justiça Eleitoral considerou inconstitucional a vitória de Danilo (por caracterizar que um filho foi sucessor do pai, o que é vedado pela Constituição Federal). Ramon foi alçado ao governo no meio desse imbróglio.

“Acredito que comparações entre os quatro anos e seis meses do governo do PT com os quase 12 anos que nos sucederam é descabida, parcial, ou na pior das hipóteses, injusta, pois as conjunturas – econômicas, políticas e locais – apresentam-se distintas. A cidade encontrava-se em estado de penúria, falida se fosse uma instituição privada, nada funcionava nem sequer havia computadores, linhas telefônicas, mobiliários decentes, a contabilidade em ruínas”, considerou Ramon. 




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;