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Agora, Mauá sofre
com falta de água
Camila Galvez
Fábio Munhoz
Renan Fonseca
20/01/2011 | 07:08
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Depois de enfrentar o temporal de anteontem, que alagou diversas ruas e matou uma pessoa, parte de Mauá amanheceu sem água sequer para limpar a lama acumulada. E pior: as autoridades não souberam informar quando o abastecimento será retomado. Ao menos 300 mil pessoas enfrentam o problema.

Cerca de 32 bairros foram afetados, a maioria nas partes altas do município. O Sama (Saneamento Básico do Município de Mauá), a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) e a Eletropaulo fazem jogo de empurra e não informam quando será retomada a distribuição.

A interrupção foi causada pela queda de árvores que cortaram o fornecimento de luz nas proximidades da Estação Elevatória da Sabesp. Sem energia, as bombas pararam de enviar água para os reser vatórios. A Eletropaulo informou que efetua a troca de um poste a fim de resolver o problema, mas não há prazo para finalização do serviço. A Sabesp afirmou que assim que a energia for retomada, as bombas voltarão a operar.

SEM PREVISÃO
O problema é que, segundo o Sama, os reservatórios ficaram com níveis de água muito baixos devido à falta de bombeamento e será necessário "um tempo" para carregar o sistema. A previsão é normalizar o fornecimento "nos próximos dias". Ou seja, não há previsão exata de quando haverá água nas torneiras.

"Não tem nem para beber, muito menos para lavar a lama da casa da gente", reclamou a dona de casa Roberta Cristina da Silva, 32 anos, do Jardim Zaíra 6.

A família do piscineiro Emanuel Nascimento Mathias, 26, está sem tomar banho desde o temporal. "A pia da cozinha está cheia de louça, e não posso nem fazer a higiene do meu bebê de 1 ano."

O superintendente do Sama, Diniz Lopes, mostrou desconhecer o problema na manhã de ontem. "Não está faltando água, o abastecimento não foi prejudicado."

Enquanto isso, a página da autarquia na internet estampava chamada "70% da cidade de Mauá fica sem água". Lopes afirmou que as reclamações são fruto de perseguição política. "Tem meia dúzia de pessoas aí que nem moram aqui (no Zaíra) e estão reclamando", rebateu.

A falta de energia na Estação Elevatória de Água Ouro Fino, em Ribeirão Pires, também prejudica o abastecimento na cidade e em Rio Grande da Serra.




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