Política Titulo Câmara
Dourado manterá cadeiras e salários

Sem verba, presidente da Câmara de Diadema alega que dificilmente aumentará vagas a vereador

Por Leandro Baldini
Do Diário do Grande ABC
21/01/2015 | 07:00
Compartilhar notícia
Andréa Iseki/DGABC


Eleito para comandar o Legislativo de Diadema para o biênio 2015-2016, José Dourado (PSDB) adianta que, durante sua gestão, dificilmente haverá acréscimo na remuneração salarial dos vereadores (hoje em R$ 9.525,33) e também no número de cadeiras na Câmara, de 21 para 23 vereadores, permitido pela legislação federal.

O tucano atribui a negativa ao atual cenário econômico do País, que, segundo ele, está crítico. “Estamos atravessando crise econômica muita grande, que não é privilégio apenas de Diadema, mas do Brasil. Arrecadações estão caindo e isso reflete nas Câmaras. Então é importante ter cuidado com medidas que envolvam dinheiro.Em relação ao aumento de vereadores, acho difícil que ocorra. Não estou dizendo que não vamos discutir a possibilidade. Se me perguntasse hoje se sou favorável à ampliação eu diria ‘não’, pois vai demandar mais despesas com salários, tanto dos parlamentares quanto dos assessores. Será que teremos condições de arcar com esses gastos?”, indagou o parlamentar, que terá em caixa R$ 32,3 milhões no Orçamento neste ano.

Recém-empossado na presidência, Zé Dourado garantiu, no entanto, que a Casa “não passa por nenhuma situação desesperadora” em relação às suas finanças. Ele descartou plano de corte no número de assessores por gabinete, algo que chegou a ser sugerido por seu antecessor, Manoel Eduardo Marinho, o Maninho (PT). “A partir da semana que vem devo me reunir com a mesa diretora para detalhar melhor quadro financeiro da Câmara. Estou chegando agora e quero ter mais conhecimento de todos os números para anunciar medidas. Porém, já constatei que não há nada de assustador e que não deve ocorrer corte de funcionários”, observou.

Em relação à ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público para forçar a Câmara a reduzir o número de postos comissionados (vinculados à presidência e aos gabinetes dos 21 vereadores), Dourado admitiu também que não aprofundou nos questionamentos da Promotoria de Diadema. Durante gestão de Maninho, o MP acionou judicialmente a Casa após tentativa de TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) não avançar. “Vou procurar me inteirar sobre todas as dúvidas do MP, o que já foi feito nesse sentido. Quero ter o bom-senso de atender todos os lados, sem gerar problemas. No entanto, o que for determinado por lei, seguirei fielmente”, anunciou.

INGERÊNCIA

Mesmo com candidatura patrocinada pessoalmente pelo prefeito Lauro Michels (PV), o novo chefe do Legislativo enfatizou que sua gestão será independente, desprendida de imposições por parte do Paço. “Sempre a Prefeitura vai ter influência na Câmara, mas não vai ditar as regras do jogo. Terá influência porque dependemos um do outro em várias questões. Mas o Lauro estabelecerá regras somente no Executivo, onde não irei me meter, e eu vou ditar no Legislativo, tendo certeza de que ele não vai interferir. Diálogo teremos sempre, trocando muitas ideias, mas não impondo nada.” 




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;